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Às boas novas.

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Prostantismo no Brasil.

O Protestantismo no Brasil
Alderi Souza de Matos
I. Período Colonial
• Os primeiros protestantes chegaram ao Brasil ainda no período colonial. Dois grupos são particularmente relevantes:
1. Os franceses na Guanabara (1555-1567): no final de 1555, chegou à Baía da Guanabara uma expedição francesa comandada pelo vice-almirante Nicolas Durand de Villegaignon, para fundar a "França Antártica." Esse empreendimento teve o apoio do almirante huguenote Gaspard de Coligny, que seria morto no massacre do dia de São Bartolomeu (24-08-1572).
• Em resposta a uma carta de Villegaignon, Calvino e a igreja de Genebra enviaram um grupo de crentes reformados, sob a liderança dos pastores Pierre Richier e Guillaume Chartier (1557). Fazia parte do grupo o sapateiro Jean de Léry, que mais tarde estudou na Academia de Genebra e tornou-se pastor (†1611). Ele escreveria um relato da expedição, História de uma Viagem à Terra do Brasil, publicado em Paris em 1578.
• Em 10 de março de 1557, esses reformados celebraram o primeiro culto evangélico do Brasil e talvez das Américas. Todavia, pouco tempo depois Villegaignon entrou em conflito com as calvinistas acerca dos sacramentos e os expulsou da pequena ilha em que se encontravam.
• Alguns meses depois, os colonos reformados embarcaram para a França. Quando o navio ameaçou naufragar, cinco deles voltaram e foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, escreveram uma bela declaração de suas convicções, a "Confissão de Fé da Guanabara" (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Balleur fugiu para São Vicente, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.
• A França Antártica é considerada como a primeira tentativa de estabelecer tanto uma igreja quanto um trabalho missionário protestante na América Latina.
1. Os holandeses no Nordeste (1630-54): depois de uma árdua guerra contra a Espanha, a Holanda calvinista conquistou a sua independência em 1568 e começou a tornar-se uma das nações mais prósperas da Europa. Pouco tempo depois, Portugal caiu sob o controle da Espanha por sessenta anos – a chamada "União Ibérica" (1580-1640).
• Em 1621, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e depois boa parte do Nordeste.
• O maior líder do Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que governou o nordeste de 1637 a 1644. Nassau foi um notável administrador, promoveu a cultura, as artes e as ciências, e concedeu uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus.
• Sob os holandeses, a Igreja Reformada era oficial. Foram criadas vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinquenta pastores ou "predicantes" serviram essas comunidades.
• A Igreja Reformada realizou uma admirável obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas.
• Em 1654, após quase dez anos de luta, os holandeses foram expulsos, transferindo-se para o Caribe. Os judeus que os acompanhavam foram para Nova Amsterdã, a futura Nova York.
II. Brasil Império
• O século XIX testemunhou a implantação definitiva do protestantismo no Brasil.
1. Primeiras manifestações:
• Após a expulsão dos holandeses, o Brasil fechou as suas portas aos protestantes por mais de 150 anos. Foi só no início dos século XIX, com a vinda da família real portuguesa, que essa situação começou a se alterar. Em 1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo artigo XII concedeu tolerância religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos começaram a chegar, entre eles um bom número de reformados.
• Depois da independência, a Constituição Imperial (1824) reafirmou esses direitos, com algumas restrições. Em 1827 foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade Protestante Alemã-Francesa, que veio a congregar, ao lado de luteranos, reformados alemães, franceses e suíços.
• Um dos primeiros pastores presbiterianos a visitar o Brasil foi o Rev. James Cooley Fletcher (1823-1901), que aqui chegou em 1851. Fletcher foi capelão dos marinheiros que aportavam no Rio de Janeiro e deu assistência religiosa a imigrantes europeus. Ele manteve contatos com D. Pedro II e outros membros destacados da sociedade; lutou em favor da liberdade religiosa, da emancipação dos escravos e da imigração protestante. Ele escreveu o livro O Brasil e os Brasileiros (1857), que foi muito apreciado nos Estados Unidos.
• Fletcher não fez nenhum trabalho missionário junto aos brasileiros, mas contribuiu para que isso acontecesse. Foi ele quem influenciou o Rev. Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah P. Kalley a virem para o Brasil, o que ocorreu em 1855. Kalley fundou a Igreja Evangélica Fluminense em 1858. No ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Rev. Ashbel G. Simonton.
2. Protestantismo de Imigração:
• "Ao iniciar-se o século XIX, não havia no Brasil vestígio de protestantismo" (B. Ribeiro, Protestantismo no Brasil Monárquico, 15).
• Em janeiro de 1808, com a chegada da família real, o príncipe-regente João decretou a abertura dos portos do Brasil às nações amigas. Em novembro, novo decreto concedeu amplos privilégios a imigrantes de qualquer nacionalidade ou religião.
• Em fevereiro de 1810, Portugal assinou com a Inglaterra tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação. Este, em seu artigo XII, concedeu aos estrangeiros "perfeita liberdade de consciência" para praticarem sua fé. Tolerância limitada: proibição de fazer prosélitos e falar contra a religião oficial; capelas sem forma exterior de templo e sem uso de sinos.
• O primeiro capelão anglicano, Robert C. Crane, chegou em 1816. A primeira capela foi inaugurada no Rio de Janeiro em 26-05-1822; seguiram-se outras nas principais cidades costeiras. Outros estrangeiros protestantes: americanos, suecos, dinamarqueses, escoceses, franceses e especialmente alemães e suíços de tradição luterana e reformada.
• "Quando se proclamou a Independência, contudo, ainda não havia igreja protestante no país. Não havia culto protestante em língua portuguesa. E não há notícia de existir, então, sequer um brasileiro protestante" (B. Ribeiro, ibid., 18).
• Com a independência, houve grande interesse na vida de imigrantes, inclusive protestantes. Constituição Imperial de 1824, art. 5º: "A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo."
• 1820 – suíços católicos iniciaram a colônia de Nova Friburgo; logo a área foi abandonada e oferecida a alemães luteranos que chegaram em maio de 1824: um grupo de 324 imigrantes acompanhados do seu pastor, Friedrich Oswald Sauerbronn (1784-1864).
• A maior parte dos imigrantes alemães foram para o sul: cerca de 4.800 entre 1824 e 1830 (60% protestantes). Primeiros pastores: Johann Georg Ehlers, Karl Leopold Voges e Friedrich Christian Klingelhöffer.
• Junho 1827: fundação da Comunidade Protestante Alemã-Francesa do Rio de Janeiro, por iniciativa do cônsul da Prússia Wilhelm von Theremin. Luteranos e calvinistas. Primeiro pastor: Ludwig Neumann. Primeiro santuário em 1837 (alugado); o edifício próprio foi inaugurado em 1845.
• Por falta de ministros ordenados, os primeiros luteranos organizaram sua própria vida religiosa. Elegeram leigos para serem pastores e professores, os "pregadores-colonos." Na década de 1850, a Prússia e a Suíça "descobriram" os alemães do sul do Brasil e começaram a enviar-lhes missionários e ministros. Isso criou uma igreja mais institucional e européia.
• Em 1868, o Rev. Hermann Borchard (chegou em 1864) e outros colegas fundaram o Sínodo Evangélico Alemão da Província do Rio Grande do Sul, que foi extinto em 1875. Em 1886, o Rev. Wilhelm Rotermund (chegou em 1874), organizou o Sínodo Rio-Grandense, que tornou-se modelo para outras organizações similares. Até o final da Segunda Guerra Mundial as igrejas luteranas permaneceram culturalmente isoladas da sociedade brasileira.
• Uma conseqüência importante da imigração protestante é o fato de que ela ajudou a criar as condições que facilitaram a introdução do protestantismo missionário no Brasil. Erasmo Braga observou que, à medida que os imigrantes alemães exigiam garantias legais de liberdade religiosa, estadistas liberais criaram "a legislação avançada que, durante o longo reinado de D. Pedro II, protegeu as missões evangélicas da perseguição aberta e até mesmo colocou as comunidades não-católicas sob a proteção das autoridades imperiais" (The Republic of Brazil, 49).
• Em 1930, de uma comunidade protestante de 700 mil pessoas no país, as igrejas imigrantes tinham aproximadamente 300 mil filiados. A maior parte estava ligada à Igreja Evangélica Alemã do Brasil (215 mil) e vivia no Rio Grande do Sul.
3. Protestantismo Missionário:
• As primeiras organizações protestantes que atuaram junto aos brasileiros foram as sociedades bíblicas: Britânica e Estrangeira (1804) e Americana (1816). Traduções da Bíblia: protestante – Rev. João Ferreira de Almeida (1628-1691); católica – Pe. Antonio Pereira de Figueiredo (1725-1797). Primeiros agentes oficiais: SBA – James C. Fletcher (1855); SBBE – Richard Corfield (1856). O trabalho dos colportores.
• A Igreja Metodista Episcopal foi a primeira denominação a iniciar atividades missionárias junto aos brasileiros (1835-41). Obreiros: Fountain E. Pitts, Justin Spaulding e Daniel Parish Kidder. Fundaram no Rio de Janeiro a primeira escola dominical do Brasil. Também atuaram como capelães da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros, fundada em 1828.
• Daniel P. Kidder: figura importante dos primórdios do protestantismo brasileiro. Viajou por todo o país, vendeu Bíblias, contactou intelectuais e políticos destacados, como o Pe. Feijó, regente do império (1835-37). Escreveu Anotações de Residência e Viagens no Brasil, publicado em 1845, clássico que despertou grande interesse pelo nosso país.
• James Cooley Fletcher (1823-1901): pastor presbiteriano, estudou em Princeton e na Europa, casou-se com uma filha de César Malan, teólogo calvinista de Genebra. Chegou ao Brasil em 1851 como novo capelão da Sociedade dos Amigos dos Marinheiros e como missionário da União Cristã Americana e Estrangeira. Atuou como secretário interino da legação americana no Rio e foi o primeiro agente oficial da Sociedade Bíblica Americana. Promotor entusiasta do protestantismo e do "progresso." Escreveu O Brasil e os Brasileiros, publicado em 1857.
• Robert Reid Kalley (1809-1888): nascido na Escócia, estudou medicina e em 1838 foi trabalhar como missionário na Ilha da Madeira. Oito anos depois, escapou de violenta perseguição e foi com seus paroquianos para os Estados Unidos. Fletcher sugeriu que fosse para o Brasil, onde Kalley e sua esposa Sarah Poulton Kalley (1825-1907) chegaram em maio de 1855. No mesmo ano, fundaram em Petrópolis a primeira escola dominical permanente do país (19-08-1855). Em 11 de julho de 1858, Kalley fundou a Igreja Evangélica, depois Igreja Evangélica Fluminense (1863), cujo primeiro membro brasileiro foi Pedro Nolasco de Andrade. Kalley teve importante atuação na defesa da liberdade religiosa. Sua esposa foi autora do famoso hinário Salmos e Hinos (1861).
• Igreja Presbiteriana: missionários pioneiros – Ashbel Green Simonton (1859), Alexander L. Blackford (1860), Francis J.C. Schneider (1861). Primeiras igrejas: Rio de Janeiro (12-01-1862), São Paulo e Brotas (1865). Imprensa Evangélica (1864), seminário (1867). Primeiro pastor brasileiro: José Manoel da Conceição (17-12-1865). A Escola Americana foi criada em 1870 e o Sínodo do Brasil surgiu em 1888.
• Imigrantes americanos: estabeleceram-se no interior de São Paulo após a Guerra Civil americana (1861-65). Foram seguidos por missionários presbiterianos, metodistas e batistas. Pioneiros presbiterianos da Igreja do sul dos Estados Unidos (PCUS): George N. Morton e Edward Lane (1869). Fundaram o Colégio Internacional (1873).
• Igreja Metodista Episcopal (sul dos EUA): enviou Junius E. Newman para trabalhar junto aos imigrantes (1876). O primeiro missionário aos brasileiros foi John James Ransom, que chegou em 1876 e dois anos depois organizou a primeira igreja no Rio de Janeiro. Martha Hite Watts iniciou uma escola para moças em Piracicaba (1881). A partir de 1880, a I.M.E. do norte dos EUA enviou obreiros ao norte do Brasil (William Taylor, Justus H. Nelson) e ao Rio Grande do Sul. A Conferência Anual Metodista foi organizada em 1886 pelo bispo John C. Granbery, com a presença de apenas três missionários.
• Igreja Batista: os primeiros missionários, Thomas Jefferson Bowen e sua esposa (1859-61) não foram bem sucedidos. Em 1871, os imigrantes de Santa Bárbara organizaram duas igrejas. Os primeiros missionários junto aos brasileiros foram William B. Bagby, Zachary C. Taylor e suas esposas (chegados em 1881-82). O primeiro membro e pastor batista brasileiro foi o ex-padre Antonio Teixeira de Albuquerque, que já estivera ligado aos metodistas. Em 1882 o grupo fundou a primeira igreja em Salvador, Bahia. A Convenção Batista Brasileira foi criada em 1907.
• Igreja Protestante Episcopal: última das denominações históricas a iniciar trabalho missionário no Brasil. Um importante e controvertido precursor havia sido Richard Holden (1828-1886), que durante três anos (1861-64) atuou com poucos resultados no Pará e na Bahia. O trabalho permanente teve início em 1890 com James Watson Morris e Lucien Lee Kinsolving. Inspirados pela obra de Simonton e por um folheto sobre o Brasil, fixaram-se em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, estado até então pouco ocupado por outras missões. Em 1899, Kinsolving tornou-se o primeiro bispo residente da Igreja Episcopal do Brasil.
4. Igrejas Pentecostais e Neo-Pentecostais:
• As três ondas do pentecostalismo brasileiro: (a) Décadas 1910-1940: chegada simultânea da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, que dominam o campo por 40 anos; (b) Décadas 1950-1960: campo pentecostal se fragmenta, surgem novos grupos – Evangelho Quadrangular, Brasil Para Cristo, Deus é Amor e muitos outros (contexto paulista); (c) Anos 70 e 80: neopentecostalismo – Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus e outras (contexto carioca).
1. Congregação Cristã no Brasil: fundada pelo italiano Luigi Francescon (1866-1964). Radicado em Chicago, foi membro da Igreja Presbiteriana Italiana e aderiu ao pentecostalismo em 1907. Em 1910 (março-setembro) visitou o Brasil e iniciou as primeiras igrejas em Santo Antonio da Platina (PR) e São Paulo, entre imigrantes italianos. Veio 11 vezes ao Brasil até 1948. Em 1940, o movimento tinha 305 "casas de oração" e dez anos mais tarde 815.

1. Assembléia de Deus: fundadores: suecos Daniel Berg (1885-1963) e Gunnar Vingren (1879-1933). Batistas de origem, abraçaram o pentecostalismo em 1909. Conheceram-se numa conferência pentecostal em Chicago. Assim como Luigi Francescon, Berg foi influenciado pelo pastor batista W.H. Durham, que participou do avivamento de Los Angeles (1906). Sentindo-se chamados para trabalhar no Brasil, chegaram a Belém em novembro de 1910. Seus primeiros adeptos foram membros de uma igreja batista com a qual colaboraram.

1. Igreja do Evangelho Quadrangular: fundada nos Estados Unidos pela evangelista Aimee Semple McPherson (1890-1944). O missionário Harold Williams fundou a primeira IEQ do Brasil em novembro de 1951 (São João da Boa Vista). Em 1953 teve início a Cruzada Nacional de Evangelização, sendo Raymond Boatright o principal evangelista. A igreja enfatiza quatro aspectos do ministério de Cristo: aquele que salva, batiza com o Espírito Santo, cura e virá outra vez. As mulheres podem exercer o ministério pastoral.

1. Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo: fundada por Manoel de Mello, um evangelista da Assembléia de Deus que depois tornou-se pastor da IEQ. Separou-se da Cruzada Nacional de Evangelização em 1956, organizando a campanha "O Brasil para Cristo," da qual surgiu a igreja. Filiou-se ao CMI em 1969 (desligou-se em 1986). Em 1979 inaugurou seu grande templo em São Paulo, sendo orador oficial Philip Potter, secretário-geral do CMI. Esteve presente o cardeal arcebispo de São Paulo, Paulo Evaristo Arns. Manoel de Mello morreu em 1990.

1. Igreja Deus é Amor: fundada por David Miranda (nascido em 1936), filho de um agricultor do Paraná. Vindo para São Paulo, converteu-se numa pequena igreja pentecostal e em 1962 fundou sua igreja em Vila Maria. Logo transferiu-se para o centro da cidade (Praça João Mendes). Em 1979, foi adquirida a "sede mundial" na Baixada do Glicério, o maior templo evangélico do Brasil (dez mil pessoas). Em 1991 a igreja afirmava ter 5.458 templos, 15.755 obreiros e 581 horas diárias em rádios, bem como estar presente em 17 países (principalmente Paraguai, Uruguai e Argentina).

1. Igreja Universal do Reino de Deus: fundada por Edir Macedo (nascido em 1944), filho de um comerciante fluminense. Trabalhou por 16 anos na Loteria do Estado (subiu de contínuo para um posto administrativo). De origem católica, ingressou na Igreja de Nova Vida na adolescência. Deixou essa igreja para fundar a sua própria, inicialmente denominada Igreja da Bênção. Em 1977 deixou o emprego público para dedicar-se ao trabalho religioso. Nesse mesmo ano surgiu o nome IURD e o primeiro programa de rádio. Macedo viveu nos EUA de 1986 a 1989, quando voltou ao Brasil, transferiu a sede da igreja para São Paulo e adquiriu a Rede Record. Em 1990 a IURD elegeu três deputados federais. Macedo esteve preso por doze dias em 1992, sob a acusação de estelionato, charlatanismo e curandeirismo.
III. História da Igreja Presbiteriana do Brasil
Atualmente, existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, como suíços, holandeses e húngaros. Todavia, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Sua história divide-se em alguns períodos bem definidos.
1. Implantação (1859-1869):
O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Alcançado por um reavivamento em 1855, fez sua profissão de fé e pouco depois ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.
Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862, recebeu os primeiros membros, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro jornal evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o primeiro presbitério (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867 (sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).
Os principais colaboradores de Simonton nesse período foram: seu cunhado Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro, lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos estudantes do "seminário primitivo" foram também grandes obreiros: Antonio B. Trajano, Miguel G. Torres, Modesto P. B. Carvalhosa e Antonio Pedro de Cerqueira Leite.
Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de Lorena, Borda da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote que tornou-se o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho (1865). Visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o evangelho da graça.
2. Consolidação (1869-1888):
Simonton e seus companheiros eram todos da igreja presbiteriana do norte dos Estados Unidos (PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da igreja do sul (PCUS): George N. Morton e Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas, região onde havia muitas famílias norte-americanas que vieram para o Brasil após a Guerra Civil no seu país (1861-65). Em 1870, Morton e Lane fundaram a igreja de Campinas e em 1873 o famoso, porém efêmero, Colégio Internacional. Os missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o incansável Rev. John Boyle.
Os obreiros da PCUS também foram os pioneiros presbiterianos no nordeste e norte do Brasil (de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith, fundador da igreja do Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o Dr. George W. Butler, o "médico amado" de Pernambuco. O mais conhecido dentre os primeiros pastores brasileiros do nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma grande família presbiteriana.
Enquanto isso, os missionários da igreja do norte dos Estados Unidos também continuavam o seu trabalho, auxiliados por novos colegas. Seus principais campos eram Bahia e Sergipe, onde atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos pioneiros foram Robert Lenington e George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital paulista, o casal Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da província destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da Madeira. No Rio Grande do Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel Vanorden, um judeu holandês.
Entre os novos pastores "nacionais" desse período estavam Eduardo Carlos Pereira, José Zacarias de Miranda, Manuel Antônio de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira, João Ribeiro de Carvalho Braga e Caetano Nogueira Júnior. As duas igrejas norte-americanas também enviaram notáveis missionárias educadoras: Mary P. Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson e Charlotte Kemper.
3. Dissensão (1888-1903):
Em setembro de 1888 foi organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-se autônoma, desligando-se das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco) e tinha vinte missionários, doze pastores nacionais e 59 igrejas. O primeiro moderador foi o veterano Rev. Blackford. O Sínodo criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: São Paulo e Minas.
Nesse período a denominação expandiu-se grandemente, com muitos novos missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O Seminário começou a funcionar em Nova Friburgo no final de 1892 e no início de 1895 transferiu-se para São Paulo, tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Mackenzie College ou Colégio Protestante foi criado em 1891, sendo seu primeiro presidente o Dr. Horace M. Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi transferido de Campinas para Lavras, e mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, numa homenagem ao seu grande líder, o Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928).
A primeira escola evangélica do nordeste foi o Colégio Americano de Natal (1895), fundado por Katherine H. Porter, esposa do Rev. William C. Porter. Na mesma época, a cidade de Garanhuns começou a tornar-se um grande centro da obra presbiteriana. Além do trabalho evangelístico, foram lançadas as bases de duas importantes instituições educacionais: o Colégio Quinze de Novembro e o Seminário do Norte, hoje sediado em Recife. No final desse período, além de estar presente em todos os estados do nordeste, a Igreja Presbiteriana chegou ao Pará e ao Amazonas.
No sul, foi iniciada a obra presbiteriana em Santa Catarina (São Francisco do Sul e Florianópolis). A igreja também iniciou a sua marcha vitoriosa no leste de Minas. O primeiro obreiro a residir em Alto Jequitibá foi o Rev. Matatias Gomes dos Santos (1901). As igrejas de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a ser pastoreadas por dois grandes líderes, respectivamente Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro Emídio G. dos Reis (1897).
Infelizmente, os progressos desse período foram em parte ofuscados por uma grave crise que se abateu sobre a vida da igreja. Inicialmente, surgiu uma diferença de prioridades entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. O Sínodo queria apoio para a obra evangelística e para instalar o Seminário, ao passo que a Junta preferiu dar ênfase à obra educacional, principalmente através do Mackenzie. Paralelamente, surgiram desentendimentos entre o pastor da Igreja Presbiteriana de São Paulo, Rev. Eduardo Carlos Pereira, e os líderes do Mackenzie, Horace M. Lane e William A. Waddell.
Com o passar do tempo, o Rev. Eduardo C. Pereira passou a tornar-se mais radical em suas posições, perdendo o apoio até mesmo de muitos dos seus colegas brasileiros. Como uma alternativa ao jornal de Eduardo, O Estandarte, o Rev. Álvaro Reis criou O Puritano em 1899. Em 1900 foi criada a Igreja Presbiteriana Unida, que resultou da fusão de duas igrejas formadas por pessoas que haviam saído da igreja do Rev. Eduardo. Na mesma época, um novo problema veio complicar ainda mais a situação: o debate acerca da maçonaria.
Em março de 1902, Eduardo C. Pereira e seus partidários começaram a divulgar a sua Plataforma, com cinco tópicos sobre as questões missionária, educativa e maçônica. Após pouco mais de um ano de debates acalorados, a crise chegou ao seu triste desfecho em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo. Após serem derrotados em suas propostas, Eduardo e seus colegas desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.
4. Reconstituição (1903-1917):
No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com quinze presbíteros e sete pastores (Eduardo C. Pereira, Caetano Nogueira Jr., Bento Ferraz, Ernesto Luiz de Oliveira, Otoniel Mota, Alfredo Borges Teixeira e Vicente Temudo Lessa). Seguiu-se um triste período de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades, litígios judiciais. Uma pastoral do Presbitério Independente chegou a vedar aos sinodais a Ceia do Senhor. O período mais conflitivo estendeu-se até 1906. Nessa época, o Sínodo contava com 77 igrejas e cerca de 6500 membros; em 1907, os independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.
O prédio do seminário, no Higienópolis, foi ocupado sem solenidade em setembro de 1899. Os principais professores eram os Revs. John R. Smith e Erasmo Braga (este a partir de 1901); o principal membro da diretoria era o Rev. Álvaro Reis. Em fevereiro de 1907, o seminário foi transferido para Campinas, ocupando a antiga propriedade do Colégio Internacional. A primeira turma de Campinas só se formou em 1912. Entre os formandos estavam Tancredo Costa, Herculano de Gouvêa Jr., Miguel Rizzo Jr. e Paschoal Luiz Pitta. Mais tarde viriam Guilherme Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e José Carlos Nogueira.
A obra presbiteriana crescia em muitos lugares. A primeira cidade atingida no Leste de Minas foi Alto Jequitibá (Manhuaçu) e no Espírito Santo, São José do Calçado. Os primeiros pastores daqueles campos foram Matatias Gomes dos Santos, Aníbal Nora, Constâncio Omero Omegna e Samuel Barbosa. No Vale do Ribeira, o evangelista Willes R. Banks continuava em atividade; a família Vassão daria grandes contribuições à igreja.
Em 1907, o Sínodo dividiu-se em dois (Norte e Sul) e em 1910 foi organizada a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil. O moderador do último sínodo e instalador da Assembléia Geral foi o veterano Modesto Carvalhosa, ordenado 40 anos antes. A Assembléia Geral foi instalada na Igreja do Rio e o Rev. Álvaro Reis foi eleito seu primeiro moderador. Os conciliares visitaram a Ilha de Villegaignon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o 4º centenário do nascimento de Calvino. Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha 10 mil membros comungantes, outro tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete presbitérios. As demais denominações tinham os seguintes números: metodistas – 6 mil membros; independentes – 5 mil; batistas – 5 mil; episcopais – cerca de mil. Em 1911, a IPB enviou o seu primeiro missionário a Portugal, Rev. João da Mota Sobrinho, que lá ficou até 1922.
Os missionários americanos continuam em plena atividade. A Missão Sul da PCUS dividiu-se em Missão Leste (Lavras) e Missão Oeste (Campinas) devido a divergências quanto ao lugar da educação na obra missionária. O Rev. William Waddell fundou uma influente escola em Ponte Nova, Bahia. Pierce Chamberlain trabalhou na Bahia de 1899 a 1909. A obra presbiteriana no Mato Grosso começou nesse período: os pioneiros foram os missionários Franklin Graham (1913) e Philippe Landes (1915).
Em 1917, foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja e as missões norte-americanas pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da IPB, separando-se os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Em 1924, pela primeira reuniu-se a Assembléia Geral sem nenhum missionário como delegado de presbitério.
5. Cooperação (1917-1932):
O maior líder presbiteriano desse período foi o Rev. Erasmo Braga (1877-1932), professor do seminário e secretário da Assembléia Geral. Em 1916, participou com dois colegas do Congresso de Ação Cristã na América Latina, no Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o dinâmico secretário da Comissão Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um grande esforço cooperativo entre as igrejas evangélicas do Brasil na década de 1920. As principais áreas de cooperação foram literatura, educação cristã e educação teológica. Foi fundado o Seminário Unido no Rio de Janeiro, que existiu até 1932.
Outros esforços cooperativos desse período foram: (1) Instituto José Manoel da Conceição, fundado pelo Rev. William A. Waddell na cidade de Jandira, perto de São Paulo (1928); visava preparar os jovens que depois seguiriam para o seminário. (2) Associação Evangélica de Catequese dos Índios (1928), depois Missão Evangélica Caiuá: idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell e instalada em Dourados, Mato Grosso; esforço cooperativo das igrejas presbiteriana, independente, metodista e episcopal.
O Seminário de Campinas correu o risco de ser extinto por causa do Seminário Unido, mas finalmente superou a crise. Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido para o Recife. As principais instituições educacionais das missões eram o Colégio Agnes Erskine, em Recife; Colégio 15 de Novembro (Garanhuns); Escola de Ponte Nova (Bahia); Colégio 2 de Julho (Salvador); Instituto Gammon (Lavras); Instituto Cristão (Castro) e principalmente o Mackenzie. Os principais periódicos presbiterianos eram O Puritano e o Norte Evangélico.
Em 1924, a Assembléia Geral encerrou o trabalho missionário em Lisboa. No mesmo ano, Erasmo Braga e alguns amigos fundaram a Sociedade Missionária Brasileira de Evangelização em Portugal, que enviou para aquele país o Rev. Paschoal L. Pitta e sua esposa Odete. O casal ali esteve por quinze anos (1925-1940), regressando ao Brasil devido à constante falta de recursos.
Em 1921, morreu o Rev. Antonio Bandeira Trajano. Com ele desapareceu a primeira geração de obreiros presbiterianos no Brasil, os da década de 1860. Outros obreiros falecidos nesse período foram: Eduardo Carlos Pereira (1923), Álvaro Reis (1925), Carlota Kemper (1927), Samuel Gammon (1928) e Erasmo Braga (1932).
6. Organização (1932-1959):
Neste período a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua estrutura, criando entidades voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões nacionais e estrangeiras, literatura e ação social. O período terminou com a comemoração do centenário do presbiterianismo no Brasil.
A igreja era constituída dos seguintes sínodos: (1) Setentrional: estendia-se de Alagoas até a Amazônia, estando o maior número de igrejas no Estado de Pernambuco; (2) Bahia-Sergipe: criado em 1950, quando o Presbitério Bahia-Sergipe, antigo campo da Missão Central, dividiu-se nos presbitérios de Salvador, Campo Formoso e Itabuna; (3) Minas-Espírito Santo: surgiu em 1946, abrangendo o leste de Minas e o Espírito Santo, a região de maior crescimento da igreja; (4) Central: formado em 1928, incluía o Estado do Rio de Janeiro, bem como o sul e o oeste de Minas Gerais; (5) Meridional: sínodo histórico (1910-47), abrangia São Paulo, Paraná e Santa Catarina; (6) Oeste do Brasil: foi formado em 1947, abrangendo todo o norte e oeste de São Paulo. No final da década de 50, foram entregues pelas missões os Presbitérios do Triângulo Mineiro, Goiás e Cuiabá.
Nesse período, as missões norte-americanas continuaram o seu trabalho: (1) PCUS: (a) Missão Norte: atuou no nordeste, onde o principal obreiro foi o Rev. William Calvin Porter (†1939); o campo mais importante era o de Garanhuns, onde estavam o Colégio 15 de Novembro e o jornal Norte Evangélico; (b) Missão Leste: atuou no oeste de Minas e depois em Dourados, Mato Grosso, cuja igreja foi organizada em 1951. (c) Missão Oeste: concentrou-se mais no Triângulo Mineiro, onde o casal Edward e Mary Lane fundou em 1933 o Instituto Bíblico de Patrocínio. (2) PCUSA: (a) Missão Central: seus principais campos eram Ponte Nova/Itacira, a bacia do Rio São Francisco, o sul da Bahia e o norte de Minas.; (b) Missão Sul: atuou no Paraná e Santa Catariana, fundindo-se com a Missão Central por volta de 1937. O Rev. Filipe Landes foi grande evangelista no Mato Grosso (norte e sul). Em Rio Verde, Goiás, atuou o Rev. Dr. Donald Gordon.
Trabalho feminino: as primeiras sociedades de senhoras surgiram em 1884-85 e as primeiras federações, na década de 1920. Os primeiros secretários gerais do trabalho feminino foram o Rev. Jorge T. Goulart e as sras. Genoveva Marchant, Blanche Lício, Cecília Siqueira e Nady Werner. O primeiro congresso nacional reuniu-se na I. P. Riachuelo, no Rio, em 1941; o segundo congresso realizou-se também no Rio em 1954. A SAF em Revista foi criada em 1954.
Mocidade: algumas entidades precursoras foram a Associação Cristã de Moços (Myron Clark), o Esforço Cristão (Clara Hough) e a União Cristã de Estudantes de Brasil (Eduardo P. Magalhães). Benjamim Moraes Filho foi o primeiro secretário do trabalho da mocidade (1938). O primeiro congresso nacional reuniu-se em Jacarepaguá em 1946, quando foi criada a confederação. Entre os líderes da época estavam Francisco Alves, Jorge César Mota, Paulo César, Waldo César, Tércio Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo e Billy Gammon.
Missões Nacionais: em 1940 foi organizada na I. P. Unida a Junta Mista de Missões Nacionais, com representantes da IPB e das missões norte-americanas. Entre os primeiros líderes estavam Coriolano de Assunção, Guilherme Kerr, Filipe Landes, Eduardo Lane, José Carlos Nogueira e Wilson N. Lício. Até 1958, a Junta ocupou quinze regiões em todo o Brasil, com cerca de 150 locais de pregação. Em 1950 foi criada a Missão Presbiteriana da Amazônia.
Missão em Portugal: os primeiros obreiros foram João da Mota Sobrinho (1911-1922) e Paschoal Luiz Pitta (1925-1940). Em 1944 a IPB assumiu o trabalho e foi criada a Junta de Missões Estrangeiras, com o apoio das igrejas norte-americanas. Os primeiros missionários foram Natanael Emerique, Aureliano Lino Pires, Natanael Beuttenmuller e Teófilo Carnier.
Outras organizações: (a) Casa Editora: começou a ser organizada em 1945, no início da Campanha do Centenário, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro. A primeira sede foi instalada em dependências cedidas pela I. P. Unida, na Rua Helvetia. (b) Orfanatos: em 1910, a Assembléia Geral planejou um orfanato para Lavras; em 1919, passou a funcionar em Valença, e em 1929 veio a ocupar uma propriedade da I. P. de Copacabana em Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituto Álvaro Reis. (c) Conselho Interpresbiteriano (CIP): foi criado em 1955 para superintender as relações da IPB com as missões e as juntas missionárias dos Estados Unidos. Tinha mais autoridade que o "modus operandi" de 1917.
Outras igrejas: (a) Igreja Presbiteriana Independente: em 1957, foi criado o Supremo Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30 mil membros comungantes; O Estandarte continuava a ser o jornal oficial. No final dos anos 30 houve um conflito teológico. Em 1942, um grupo de intelectuais liberais (entre os quais o Rev. Eduardo P. Magalhães) retirou-se da IPI e formou a Igreja Cristã de São Paulo. (b) Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940 pelos membros da Liga Conservadora da IPI. Em 1957, contava com mais de vinte igrejas em quatro estados e tinha um seminário. Seu órgão oficial é O Presbiteriano Conservador. (c) Igreja Presbiteriana Fundamentalista: foi fundada em 1956 pelo Rev. Israel Gueiros, pastor da 1ª I. P. de Recife e ligado ao Concílio Internacional de Igrejas Cristãs (do fundamentalista americano Carl McIntire).
Neste período, a IPB participou de vários movimentos cooperativos: Associação Evangélica Beneficente (fundada por Otoniel Mota em 1928), Associação Cristã de Beneficência Ebenézer (dirigida pelo Dr. Benjamin Hunnicutt), Missão Evangélica Caiuá, Instituto José Manoel da Conceição, Confederação Evangélica do Brasil (fundada em 1934), Sociedade Bíblica do Brasil, Centro Áudio-Visual Evangélico (CAVE, fundado em 1951) e Universidade Mackenzie, transferida à IPB no início dos anos 60.
Constituição da IPB: em 1924, foram aprovadas pequenas modificações no antigo Livro de Ordem adotado quando da criação do Sínodo, em 1888. Em 1937, entrou em vigor a nova Constituição da Igreja (os independentes haviam aprovado a sua três anos antes), sendo criado o Supremo Concílio. Houve protestos do norte contra alguns pontos: diaconato para ambos os sexos, "confirmação" em vez de "profissão de fé" e o nome "Igreja Cristã Presbiteriana." Em 1950, foi promulgada um nova Constituição e no ano seguinte o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.
Estatística: em 1957, a IPB contava com seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas, 883 congregações, 369 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros comungantes e 71.650 não-comungantes. Os primeiros presidentes do Supremo Concílio foram os Revs. Guilherme Kerr, José Carlos Nogueira, Natanael Cortez, Benjamim Moraes Filho e José Borges dos Santos Júnior.
A Campanha do Centenário: foi lançada em 1946, tendo como objetivos: avivamento espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário, organizada em 1948, enfrentou muitas dificuldades. Após 1950, a campanha ganhou ímpeto. A Comissão Unida do Centenário (IPB, IPI e I. Reformada Húngara) planejou uma grande campanha evangelística (Edwyn Orr e William Dunlap) que se estendeu por todo o país em 1952. Outras medidas: criação do Museu Presbiteriano, Seminário do Centenário e jornal Brasil Presbiteriano, resultante da fusão de O Puritano e Norte Evangélico (1958). A 18ª Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se em São Paulo de 27-07 a 06-08 de 1959. O lema do centenário foi: "Um ano de gratidão por um século de bênçãos.

História da Igreja no Brasil
Os Protestantes no Brasil
A Igreja católica foi a religião oficial no Brasil entre 1500 e 1889, quando a República a separou do Estado. Esta garantia de exclusividade provocou uma certa acomodação na Igreja, pois todos eram católicos.
A Inquisição garantia a homogeneidade católica da nação. A falta de melhor trabalho de evangelização, de catequese... transformou o catolicismo mais numa herança cultural, sociológica, do que numa convicção de vida. A situação mudou, no século 19, por dois motivos:
• primeiro: na esfera política, os liberais achavam que o protestantismo era a religião da democracia e do progresso;
• segundo: as grandes imigrações alemãs e os comerciantes ingleses, que colocaram o catolicismo face a face com um interlocutor diferente: o protestante.
CALVINISTAS
1555: Villegaignon, calvinista francês, conquistou a baía da Guanabara e realizou o primeiro culto calvinista no Brasil. Entusiasmado, Calvino enviou para o Brasil o pastor Jean de Lery, que realizou cultos e atos religiosos calvinistas durante os cinco anos de ocupação francesa.

1630: Os holandeses conquistam Pernambuco, dominando, por 24 anos, 14 capitanias no nordeste brasileiro. Eram calvinistas e, com a chegada de Maurício de Nassau, implantam a estrutura religiosa calvinista. Até 1654 foram organizadas 24 igrejas e congregações. Foram relativamente tolerantes com os católicos e acabaram também por adotar a escravatura. A experiência terminou com a derrota holandesa.
PROTESTANTES e IMIGRAÇÃO ALEMÃ
Em 1824, teve início a imigração alemã e, com ela, chegou ao Brasil a Igreja Evangélica de Confissão Luterana. A missão alemã procurou logo enviar pastores para seu atendimento e, ao mesmo tempo, fundar escolas onde pudessem cultivar a língua alemã e o aprendizado da Sagrada Escritura.
A Igreja luterana se considerava uma Igreja étnica, isto é, voltada apenas para os imigrantes e seus descendentes. Sua expansão, até hoje, se identifica com a presença do imigrante de origem alemã.
Como o catolicismo era a única religião permitida no Brasil, aos evangélicos era permitida a construção de lugares de culto, mas sem sinais exteriores, isto é, sem torres nem sinos.
O único matrimônio reconhecido era o católico. Deste modo, os filhos permaneciam ilegítimos e os casais amasiados. Só com o Decreto 1144, de 1863, concedeu-se aos ministros evangélicos o direito de celebrar o matrimônio com efeitos legais.
O mérito da Igreja luterana, sobretudo no atendimento aos imigrantes, foi grande. Seus pastores foram conselheiros, juízes, professores, médicos. Ao redor da igreja e da casa do pastor, a comunidade encontrava rumo para sua vida.
A SEDUÇÃO PROTESTANTE
Depois da Independência (1822), os políticos liberais, fascinados pelos Estados Unidos, achavam que o progresso viria só com o protestantismo. Mas, percebendo a vantagem de controlar a Igreja Católica, preferiram o caminho da reforma do catolicismo por dentro.
O projeto tornou-se claro com a lei de 1855 que fechou todos os noviciados e proibiu às Ordens religiosas de receberem novos vocacionados até uma nova lei que nunca saiu, causando o esvaziamento dos conventos e mosteiros.
Quando foi proclamada a República, em 1889, não chegavam a 10 velhinhos os membros da Ordem franciscana.
O mesmo Estado que fazia questão de ser oficialmente católico, empenhava-se em privar a Igreja de seus quadros. Isso revela uma face permanente das elites brasileiras, de ontem e de hoje: o desprezo pelo povo, por seus costumes e fé.
METODISTAS e PRESBITERIANOS
Em 1835 chegou ao Brasil o jovem pastor F. Pitts, enviado pela Conferência Geral da Igreja Metodista Episcopal dos EUA. Iniciou assim a propaganda explícita do protestantismo no Brasil. Destacou-se, entre outros, o pastor Daniel Kidder que, preocupado com o alcoolismo reinante, promoveu a fundação de Sociedades de Temperança.
Um dos projetos dos metodistas era a propagação da Bíblia. Isso recebeu inclusive a colaboração de sacerdotes.
A missão protestante teve continuidade em 1859, com a chegada de pastores da Igreja Presbiteriana. Dentre eles, cita-se A. Simonton e A. Blackford. Grande colaborador foi o ex-padre paulista José Manuel da Conceição, primeiro pastor presbiteriano brasileiro. Conceição retornou às paróquias onde tinha trabalhado, nelas instalando comunidades evangélicas.

A ação protestante dirigiu-se sobretudo aos imigrantes evangélicos e aos trabalhadores da indústria e dos cafezais. Foi para eles que, a partir de 1920, entraram a Assembléia de Deus e a Congregação Cristã, das quais praticamente derivam todos os pentecostalismos, especialmente a "Brasil para Cristo" e a "Igreja do Evangelho Quadrangular".
Embora desprezados, tanto pelo catolicismo como pelo protestantismo histórico, seu estilo popular conquistou as massas marginalizadas e migratórias do Brasil.
Os evangélicos, num primeiro momento, achavam que não deveriam vir para a América Latina, pois, de certo modo, era cristã pelo catolicismo. Mas chegaram à conclusão de que o catolicismo, com suas devoções e imagens, era pagão. Explica-se assim seu esforço em "cristianizar" o continente católico.
O FERVOR PENTECOSTAL
Se no século 19 e início do 20, o protestantismo foi identificado com progresso, democracia, cultura, liberdade..., na segunda metade do século 20 percebeu-se um enfraquecimento dos evangélicos, devido também à difusão do pentecostalismo, vindo dos Estados Unidos, cujos adeptos cultivam uma viva experiência do Espírito Santo.
O sentimento religioso daí advindo, a paz adquirida, os rígidos princípios morais que prega..., lembram, a muitos pobres e migrantes das periferias, a antiga vida rural. A cidade é grande e as pessoas se confundem, se perdem... Nesse contexto, as igrejas pentecostais - os crentes - obtêm muitos resultados.
Sua estrutura simples, a facilidade de ser pastor, o espírito familiar, a expansão dos sentimentos..., tornam a vida mais leve, pois "Jesus me salvou". Possuem uma linguagem e estrutura muito cativantes para as periferias e favelas, onde sua pregação moralizante consegue diminuir a violência. Impressionante é como de uma igreja sai outra, como se criam novas denominações.
O USO POLÍTICO da FÉ
A partir de 1969, o governo americano de Richard Nixon, preocupado com o trabalho de transformação social da Igreja católica, viu no catolicismo uma ameaça ao capitalismo liberal, e procurou, com apoio de recursos e pessoas, difundir um pentecostalismo que se contentasse mais com a salvação da alma e deixasse o resto ao encargo do governo.
O regime militar brasileiro (1964-1984) restringiu a entrada de missionários católicos estrangeiros e facilitou a de pastores evangélicos americanos. Deste modo, as Comunidades Eclesiais de Base das periferias e dos interiores pobres se defrontaram com um concorrente que oferecia uma salvação mais rápida e superior: o pastor crente.
O mesmo desafio encontram as Igrejas protestantes históricas (luterana, presbiteriana...), pois há uma preferência pelas igrejas que oferecem conforto espiritual e humano e possuem um mínimo de organização: basta a Bíblia ou alguns textos dela. Mas, muitos crentes, motivados pelo vizinho militante e católico, também estão se empenhando nos movimentos populares.
No dia da posse do governador do Rio, Anthony Garotinho, presbiteriano, não houve uma Missa solene com o Cardeal, mas um animado culto evangélico na praça. Há pouco tempo ninguém imaginaria isso no Brasil católico.
A RELIGIOSIDADE da PROSPERIDADE, da TERAPIA e do BEM-ESTAR
No final do século 20, o Brasil assistiu à formação de denominações religiosas cristãs cujo centro de pregação é o sucesso e o bem-estar: "Crê em Deus e teus problemas serão resolvidos".
Numa sociedade em desagregação, pobre, marginalizada..., este tipo de anúncio cria muito impacto e esperança. De um lado, todo o mal assume a forma do demônio e, de outro, a fé assume a forma de vitória material: "Se você crê e paga seu dízimo, Deus tem obrigação de atendê-lo".
É a negação do núcleo central do cristianismo, onde tudo é graça, também a cruz. A Igreja Universal do Reino de Deus, um verdadeiro império financeiro, é o exemplo mais conhecido dessa pregação.


Para atrair a juventude e as classes urbanas, surgiu, em São Paulo, a Igreja Evangélica Apostólica Renascer em Cristo, caracterizada pelo uso de ritmos musicais modernos e do gospel norte-americano.
Há denominações religiosas que surgem com a finalidade da cura física, social ou psicológica, correndo o risco de achar que a religião traz a superação do mundo injusto que provoca esses males.
A tradição evangélica não está nas igrejas do conformismo e nem do sucesso, mas no esforço sincero de seguir o Evangelho de Jesus, o Salvador enviado por Deus. Isso favorece o processo ecumênico.
Para Refletir
1.º Quando e de que forma o protestantismo foi introduzido no Brasil?
2.º Onde está a razão de tanto sucesso dos pentecostais?
3.º Como aproximar as diversas denominações cristãs do Brasil?
Batista Reformada
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Calvinismo


João Calvino

Bases históricas:
Cristianismo
Agostinho de Hipona
Reforma

Marcos:
A Institutio Christianæ Religionis de Calvino
Os Cinco Solas
Cinco Pontos (TULIP)
Princípio regulador
Confissões de fé

Influências:
Teodoro de Beza
Sínodo de Dort
Teologia puritana
Karl Barth

Igrejas:
Reformadas
Presbiterianas
Congregacionais

Os Batistas Reformados são batistas e calvinistas, e normalmente aderem à Confissão de Fé Batista de 1644 ou 1689. Eles podem traçar a sua história através do início da era moderna dos batistas particulares da Inglaterra. Os nomes Batista Particular, Batista Calvinista e Batista Reformado são essencialmente a mesma coisa.
Índice
[esconder]
• 1 Influências Teológicas
• 2 Pontos em comum
• 3 História Batista na Inglaterra (origem)
o 3.1 Batistas Gerais
o 3.2 Batistas Particulares
• 4 Batistas calvinistas
• 5 Ligações Externas

[editar] Influências Teológicas
As Igrejas Batistas Reformadas muitas vezes aderem à primeira ou a segunda Confissão de Fé Batista de Londres (alterada em 1646 e novamente em 1651 e 1689), respectivamente. Essas duas Confissões não são consideradas exaustivas ou de autoridade infálivel; os batistas reformados tendem a dar menos importância as Confissões do que os outros calvinistas históricos. Os Batistas Reformados tradicionalmente direcionam toda a sua doutrina diretamente da Bíblia, que vêem como a única autoridade de fé e prática; por isso são muito cautelosos acerca da adoção de "normas" e "escritos iluminados" por causa da cultura de "apenas as Escrituras" que é comum em todas as vertentes batistas. Entrementes, as Confissões são estabelecidas como um consenso comum e uma declaração pública do que as igrejas batistas reformadas crêem e ensinam.
Aderem a soteriologia definida por João Calvino, baseada nas chamadas Doutrinas da Graça, historicamente sistematizadas pelos cinco pontos do calvinismo (conhecida pela sigla TULIP) desenvolvidos nos Cânones de Dort. A soteriologia calvinista constituí o eixo da Fé Reformada e por isso os Batistas que adotam a chamada TULIP são caracterizados como Reformados. Porém os Batistas Reformados discordam em alguns pontos da teologia calvinista como o Batismo Infantil (pois a Teologia do Pacto, a luz de Calvino e da maioria dos Reformados, pressupõe que os filhos de cristãos com certeza são predestinados, por isso devem ser batizados na infância; os Batistas Reformados não levam isso em consideração), Batismo por Aspersão (o batismo por submersão é um ponto inegociável da tradição batista), simbiose entre Igreja e Estado (Calvino considerava o Estado como algo espiritual e controlado por Deus, enquanto os batistas tem como tradição a indiferença em relação ao Estado), liturgia (os Batistas tem uma visão "puritana" de culto, se atendo apenas o que as Escrituras dizem sobre culto; enquanto a maioria dos reformados como os Anglicanos e Presbiterianos do Brasil se atam a certos padrões litúrgicos históricos) dentre outros pontos. Por este motivo, alguns ramos das igrejas reformadas que são mais fiéis a doutrina desenvolvida por Calvino, questionam se os chamados Batistas Reformados são de fato Reformados. No entanto, os Batistas Reformados afirmam ser claramente e genuinamente reformados, declarando que são adeptos do Pacto da Graça como feito somente com os eleitos.
O batismo é visto como um sinal da administração de Nova Aliança — feitas com aqueles que foram regenerados por ter a lei escrita em seus corações, seus pecados perdoados e que a salvação vem ao conhecer o Senhor (Jeremias 31:31-4). Batistas Reformados acreditam que somente aqueles que podem professar esta credibilidade devem ser batizados. Candidatos ao batismo são consideradas credíveis após a congregação e os anciãos examinarem cuidadosamente seus testemunhos e estilos de vida. Esse aspecto distinto desta igreja Reformada é uma tradição batista inegociável que sustenta o diferencial e razão histórica dos Batistas se manterem como uma vertente distinta do Protestantismo.
[editar] Pontos em comum
As Igrejas Batistas Reformadas se identificam entre sim por determinados pontos em comum:

• A centralidade das Escrituras Sagradas: As chamada "Bíblia Sagrada" composta por 66 textos divididos em duas alianças (isto é, Antigo e Novo Testamento) são consideradas pelos Batistas Reformados como "única regra de fé e prática", portanto - na teoria - absolutamente nenhuma doutrina, liturgia ou prática pode ser estabelecida numa Igreja Batista Reformada se não houver uma antecedente bíblico sólido. Este é um princípio batista universal adotado por todas as vertentes batistas; contudo o Batista Reformado considera que deve haver junto ao respeito pela Escritura uma interpretação bíblica ortodoxa dentro da Teologia Reformada.

• Credalismo: Os [Credos antigos|Credo] (Apostólico, Niceno-Constantinopolitano, Calcedônio, Atanásio...), Confissões de Fé como a Confissão de Fé Batista de 1689, bem como catecismo tais quais o Cateciscmo Ortodoxo de 1680 e Catecismo de Londres de 1689 são considerados como resumos dos ensinamentos da Igreja (Batista Reformada), sendo utilizadas como instrumentos para instrução teológica e compêndios de interpretação ortodoxa. Mas nenhuma é colocada na mesma posição de regra com as Escrituras Sagradas, sendo que estes documentos tem que ser subordinados a doutrinas expostas na Bíblia cristã, não podendo ser geradora independente de doutrinas ou liturgia. Este é um princípio batista restrito a vertente Reformada.

• Princípio regulador do culto: A crença de que "O modo aceitável de adorar o Deus verdadeiro, é instituída por ele mesmo e tão limitado pela sua própria vontade revelada, que ele não pode ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens, ou o sugestões de Satanás, sob qualquer representação visível, ou qualquer outra forma, não prescrito nas Sagradas Escrituras" (a partir do capítulo 22, n º 1 da Confissão de Fé Batista de 1689). Cada elemento da liturgia semanal regular deve ser expressamente ordenado da Escritura. Tudo o que é expressamente ordenado deve ser incluído, o que não é expressamente ordenado deve ser excluído. No entanto, as circunstâncias do culto pode variar de uma igreja para outra (isto é, adoradores se sentar em cadeiras ou de pé, o tempo que o culto é realizado, etc.) Este é um princípio batista universal adotado por todas as igrejas batistas havendo divergências ínfimas como estilos musicais.

• Soteriologia Calvinista: Ensina-se a Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Vocação eficaz (ou Graça Irresistível) e a Perseverança dos Santos; isto é, os Cinco pontos do calvinismo. Trata-se de um princípio batista restrito a vertente Reformada.

• Congregacional e Associativa: Não há nenhuma autoridade eclesiástica acima da equipe de anciãos da igreja local (incluindo o pastor presidente) além do próprio Jesus Cristo. As igrejas batistas (e reformadas) compreendem que a igreja local deve ser autônoma e portanto são contra a estrutura episcopal de Bispos (como adotado pela Igreja Metodista) ou a estrutura de Presbitérios e Sínodos (como adotado pela Igreja Presbiteriana do Brasil). No entanto, tradicionalmente as igrejas batistas (e reformadas) se reúnem em Convenções associativas para comungarem com outras igrejas de doutrina em comum e promover um suporte comum como Seminários, Gráficas, Faculdades Teológicas e etc. Temos no Brasil, como exemplo, a Comunhão Batista Reformada do Brasil. Este é um princípio batista muito disseminado, porém hoje não é algo universal, havendo várias divergências. Há igrejas batistas que levam com mais rigidez este aspecto e se recusam a se associar a quaisquer convenção. E há também igrejas batistas que se formam como verdadeiras denominações tendo várias filiais e uma administração unificada como a Igreja Batista Nova Filadélfia.

• Eclesiástica: Nas igrejas batistas (e reformadas) a igreja local tem como líderes dois tipos de obreiros: Presbítero (Ancião) e o Diácono. Cada igreja local tem um determinado número de anciãos, variando de igreja a igreja, no meio reformado este grupo de anciãos é tradicionalmente chamado de "presbitério" (não deve ser confundido com o conceito de Presbitério da Igreja Presbiteriana). O pastor também é caracterizado como um dos Anciãos. O Presbitério geralmente é responsável pela liderança espiritual (oração, pregação, aconselhamento...) enquanto o Diaconato é responsável pela tesouraria da igreja, serviço da Ceia, recepção de visitantes e outras questões administrativas. É um princípio batista divergente, havendo certas variações; por exemplo, há igrejas onde há apenas Diáconos que acumulam a administração e o serviço pastoral tendo o pastor como um funcionário da igreja.

• Domingo como dia sagrado cristão: O Domingo, geralmente chamado de "Dia do Senhor", é considerado o único Santo Dia da Fé Cristã. Os Batistas Reformados crêem que os domingos são para participar do culto púplico (chamado de "reunião sabbath" ou "reunião" pelos tradicionais)e a prática de boas obras, sendo para descansar de todos os trabalhos "terrenos" e negócios. É um princípio batista historicamente respeitado pelos batistas, contudo há divergências acerca da proibição estrita de trabalhos "terrenos".

[editar] História Batista na Inglaterra (origem)
[editar] Batistas Gerais
Os Batistas Gerais estão ligados a origem da Igreja Batista na Inglaterra. Antes dos Batistas serem influenciados pelo Calvinismo os Batistas Gerais eram simplesmente os Batistas.
A primeira igreja batista nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas batistas. John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja batista organizada.
No entanto, até então a Igreja Batista não batizavam por imersão e sim por aspersão; o único diferencial em seu batismo era a necessidade consciente de ser batizado. Além disso, os Batistas eram essencialmente arminianos. É nesses pontos que surge as divergências e surge os Batistas Particulares.
[editar] Batistas Particulares
Os Batistas Particulares eram assim chamados porque acreditavam na Expiação Particular. A visão particular da expiação é que Cristo na Sua morte se comprometeu em salvar indivíduos particulares, geralmente referidos como os eleitos. Esta posição é frequentemente identificada com o calvinismo. Alguns primeiros líderes batistas particulares eram Benjamin Keach, Hanserd Knollys, William Kiffin, e Isaac Backus. Atualmente os batistas da Inglaterra são descendentes dos batistas particulares. No começo, os batistas particulares tinham uma forma fundamentalista de lhe dar com o meio externo (a sociedade), geralmente muito rígidos e exclusivistas. Uma notável exceção foi o autor de O Peregrino, John Bunyan. Há uma ligação forte dos Batistas Particulares com Os Puritanos.
Ao longo do século 18, os Batistas Gerais caíram no liberalismo teológico e praticamente desapareceram de cena na Inglaterra. Durante esse período, os Batistas particulares tiveram uma posição teológica super-conservadora, que alguns classificavam como hiper-calvinismo e antimonianismo. Mas, em 1785, Andrew Fuller (1754-1815) publicou o livro "O Evangelho Digno de toda a aceitação", que ajudou muitos batistas particulares a tomarem uma posição mais aberta e sociável com e ao estilo do evangelicalismo; esse fenômeno foi apelidado de "Fullerismo" e levaria a uma divisão entre os batistas particulares (entre aqueles que adotaram a abertura e aqueles que se mantiveram em sua visão conservadora). Essa vertente batista mais aberta tem como expoentes históricos o próprio Andrew Fuller e Willian Carey (1761-834), missionário batista na Índia. O principal porta-voz do calvinismo no meio Batista foi John Gill (1696-1771), talvez mais conhecido pela seu estilo expositivo de pregação da Bíblia, sendo o primeiro pregador a comentar sobre cada versículo da Bíblia. Com o tempo a teologia super-conservadora perdeu sua força a ponto de os batistas gerais se fundirem aos batistas particulares na União Batista da Grã-Bretanha (formada em 1813).
[editar] Batistas calvinistas
O termo "reformado" geralmente é visto por aqueles que confessam ser de fato reformados, como uma descrição restrita de alguém ou uma igreja que tenha os seguintes aspectos:
• Confessionalidade: O reformado é caracterizado por adotar uma das confissões de fé reformadas, como a Confissão de Fé de Westminster e a Confissão de Fé Batista de Londres (no caso dos próprios batistas). No caso dos batistas reformados, adotam-se outras confissões como a "Primeira Confissão Batista de Londres (1644/46), A Confissão de Fé Batista de New Hampshire (1833) e a Fé e Mensagem Batista (1925). Isso caracteriza as igrejas batistas que adotam tais confissões, como igrejas reformadas a partir do momento que acompanham o outro aspecto abaixo.

• Cinco pontos da Reforma: O reformado adota como uma declaração básica de sua Fé os Cinco Solas, desenvolvidos por [[Martinho Lutero ] ]. São eles: Sola fide, Sola scriptura, Solus Christus, Sola gratia e Soli Deo Gloria. Dependendo de como se interpreta esses pontos, pode se considerar que estes "Cinco Solas" são adotados por todas as igrejas batistas que apesar de não adotarem soteriologia calvinista atribuem a si uma tradição reformada.

• TULIP: Cinco pontos do calvinismo: O reformado adota como uma declaração definitiva de seu conceito de Salvação, os Cinco pontos do calvinismo, desenvolvidos por Calvino e sistematizados pelo Sínodo de Dordrecht. Esse é um aspecto fundamental que diferencia os Batistas Calvinistas (ou Reformados) dos demais Batistas.

As igrejas hoje chamadas de "Batistas Reformadas" ou "Batistas Calvinistas" são as que tem os aspectos acima: Confessionalidade escrita, Cinco pontos da Reforma e os Cinco pontos do calvinismo.
[editar] Ligações Externas
• A Confissão de Fé Batista de Londres de 1689
• Igreja Batista de Fé Reformada, Volta Redonda, RJ
• Igreja Batista Reformada de Vida Nova
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Batista_Reformada"
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Coração Insensato de novelistas da Globo pisa em cristãos outra vez
Eliseu Antonio Gomes 18 comments
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A novela Insensato Coração é patricinada pela empresa Natura, que faz publicidade do perfume Kaiak.




No Brasil, Insensato Coração é a novela com maior número de homossexuais até o momento.
Segundo o jornal O Dia, a parceria Gilberto Braga e Ricardo Linhares, os autores, escreveram cenas de selvageria contra casais gays que irá ao ar nas próximas semanas.

Na segunda-feira, dia 18, uma cena causou protestos contra a Rede Globo. O personagem Chicão (Wendell Bendelack) tem uma fala em que ridiculariza os pais evangélicos, afirmando que eles são idiotas manipulados por um pastor evangélico, e por este motivo os tratam mal.

­A tentativa de ridicularizar líderes e cristãos evangélicos em geral gerou reações contra a emissora. O Pastor Silas Malafaia enviou carta de protesto à alta cúpula da emissora.

Faça o mesmo, mostre sua insatisfação:

Atendimento da Rede Globo:

Telefone: 400 22 884 (custo de uma ligação local)

E mail: http://falecomaredeglobo.globo.com/
Mas, não fique apenas nisso, faça levantamento das centrais de atendimento dos patrocinadores de Insensato Coração, e proteste contra eles por apoiarem enredo folhetinesco anticristão. Diga-lhes que como consumir você merece respeito e não aceita comprar marcas que se associem contra o cristianismo.

O personagem Chicão tem o destino traçado, será vítima de violência por causa de sua opção sexual nos próximos capítulos. Sugiro que os cristãos evangélicos acompanhem a trama e anotem os patrocinadores dessa novela. E se por acaso o roteiro colocar evangélicos como homofóbicos, espancadores de homossexuais, então usemos o telefone e o e-mail para reclamar a quem paga os salários desses autores, atores, atrizes e, por conseguinte gera lucros para a Rede Globo.

Façamos a cúpula da emissora, agências de propagandas e os detentores de marcas de patrocínios, constatarem que audiência alta nem sempre é sinal de aprovação do telespectador. Reaja. Proteste. Vá às compras e boicote marcas de produtos que não respeitam a sua fé e faça os fabricantes saberem que está comprando produtos da concorrência.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, para uso em todos os meios possíveis, desde que não seja com objetivo comercial, seja informado o nome do autor e também fonte de coleta. Eliseu Antonio Gomes; www.ubeblogs.net

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os simbolos da nova era.

OS SÍMBOLOS DA NOVA ERA


Símbolo oficial da sociedade Teosófica


No alto, a cruz suástica, que simboliza o movimento cósmico; no centro a estrela de Davi, que representa os processos de involução e evolução; dentro da estrela a cruz com laço, símbolo de perversão sexual, contra a pureza sexual criada por Deus. E, em volta a serpente que representa Satanás.
Símbolo da Besta


O número 666 é conhecido pelos cristãos como o número de um homem perverso e anti-Deus que levantará na terra para governar o mundo, conforme encontramos em Apocalipse 13:8. Como grupos da Nova Era usam esse número para representa-lo? Isso é no mínimo muito estranho, pois eles conhecem o significado desse número. Alice Bailey, suma-sacerdotiza da Sociedade Teosófica, assim se expressa: Este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior freqüência possível para representar a Nova era.

Arco-íris


O Arco-Iris é um dos mais usados símbolos da Nova Era, é considerado o símbolo principal da Nova Era, mas, apresentado só a metade! Ele representa a ponte entre a alma humana individual e a "Grande Mente Universal" ou "Alma Universal", que é Lúcifer. Também é considerado como "Ponte Mental" entre o homem e as energias cósmicas e a cidade de Shambala, governada por Lúcifer. Na Bíblia, o arco-íris é o símbolo da Aliança entre Deus e o Seu povo.
As instituições de ensino, o comércio indústria ligadas a esse movimento, utilizam muito o Arco-Iris em seus impressos e material publicitário.
Yin Yang


Representa o equilíbrio entre as forças contrárias: negativo e positivo, bem e mal, preto e branco. O bem e o mal é a mesma coisa, apenas são vibrações altas ou baixas. Assim, a Nova Era afirma que Deus e Lúcifer se completam, pois as forças opostas são parte da mesma perspectiva divina. O Yin Yang é o símbolo do Taonismo, religião da China. As forças opostas do Yin e do Yang são interdependentes e cada uma contém a semente ou potencial da outra. O Yin está associada à escuridão, à água e ao feminino. O Yang à luz, à atividade, ao ar e ao masculino. Os chineses dizem que a totalidade da natureza, dos seres humanos e dos eventos, essas forças, usam esse símbolo para práticas adivinhatórias.
Fita entrelaçada - Sem Fim


Significa a vida entrelaçada, onde há sempre uma continuidade em outras encarnações. Também representa o pacto de sangue entre os novaerinos, envolvendo pessoas ou organizações. É usado para uma melhor obediência entre os aliados do movimento Nova Era

Borboleta


A borboleta é o símbolo próprio dos adeptos da nova era ou dos "aquarianos". Como a lagarta entra no casulo, transforma-se e sai em forma de borboleta, assim a humanidade passa de uma era antiga, transforma-se em todos os sentidos e entra na nova era.
Circulo com um Ponto no Centro


Este sinal é o símbolo da bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino de satanás. O ponto são os homens e sua deificação, instrumentos a serviço deste reino; o símbolo da energia, que segundo eles, emana para todo o ser.
Estrela de Davi em círculo


É usada pelo movimento Nova Era como símbolo da unificação da humanidade com as forças cósmicas.
Estrela de Davi com seis pontas


Simboliza os processos de involução e evolução. Com efeito; o triângulo que aponta para baixo, apresenta a involução da energia divina que desce às formas mais boçais, ao passo que o triângulo voltado para cima indica a ascensão dos seres quer entendem a se divinizar cada vez mais. Esta é a estrela de seis pontas, dois triângulos entrelaçados, que o rei Davi mandou fazer quando conquistou a fortaleza de Jebus para ser usada como símbolo nacional, esse símbolo está vivo ainda hoje. Consiste no entrelaçamento da letra Daleth, que corresponde a letra grega Delta e a nossa letra Dê. O nome hebraico David, começa e termina com "D". essa letra no hebraico da época de Davi era muito parecida com a letra Delta, de forma triangular. Hoje identificamos essa letra com o Senhor Jesus (Apocalipse 22:16).
Infelizmente a Nova Era dá à estrela de Davi o mesmo significado ocultista dos alquimistas e esotéricos. Aplica o mesmo principio do Yin Yang . convém salientar que o cristão não se identifica como a Nova Era aos usar bottons da estrela de Davi. Alguns preferem usar com a palavra hebraica Tson, "Sião", para distinguir da Nova Era.
Estrela de cinco pontas


As duas pontas para cima, significam Lúcifer e seu reino; duas pontas para baixo, significa o homem como deus, no lugar de Deus. e símbolo da adoração a Satanás já estabelecida em, várias partes do mundo. Alguns conjuntos musicais de "Rock" adoram este símbolo para garantir sucesso.
Chifre


Usado em colares, pulseiras, brincos, etc. Simboliza o afastamento de fluídos negativos segundo a seita.
Mão chifrada


Usado por artistas ligados à música (principalmente Rock) e seus fãs. Simboliza o louvor em rituais satânicos.
Cruz virada para baixo


Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era. Simboliza zombaria da cruz de Jesus. Usado também em rituais satânicos.
SS


Usado por grupos nazistas e grupos de Rock também em roupas, broches, tatuagens, etc. Simboliza o louvor e invocação de satanás.

Raio


É o reconhecimento do poderio de satanás, senhor, Satã, e a disposição de estar a seu serviço

Besouro


Símbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder dentro do satanismo.
Lua-estrela


Usados em roupas, endereços, artes e também em centros espíritas. Simboliza poder para transportar através do cosmos.
Pirâmide


É tida como elemento que capta a energia cósmica e beneficia as pessoas dando sorte nos negócios.
Olho de Lúcifer


Simboliza o olhar de satanás sobre as finanças do mundo. ( ver nota de um dólar).
Cruz suástica


Para o Movimento Nova Era simboliza o movimento cósmico. É bem conhecida sua conotação com a pessoa de Adolf Hitler e seu movimento nazista que dizimou milhões de seres humanos na Segunda guerra mundial. É conhecido, também no Brasil e em outras partes do mundo, o renascimento deste movimento nazista. A cruz suástica é inspiração de chamberlain, um vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que inspirou a Hitler as idéias de um reino de terror e poder.
A Palavra vem do sâncrico svasti "boa fortuna" ou seja: "está tudo bem". Usado desde a antiguidade pelos hindus e budistas para representar felicidade e salvação. É um símbolo ocultista que foi usado na Teosofia desde a época da sua fundadora Helena Petrovana Bbravastky, e pelos satanistas. Foi adotada por Adolf Hitler, em 1920, como símbolo do nazismo. O presidente Itamar Franco, em 1994, proibiu o uso da suástica em virtude da crescente onda neo-nazista que se alastrava no Brasil.
Anarquia


O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão universal. Usado inicialmente pelos grupos "punk". Atualmente usado pelos grupos heavy metal. É o símbolo da anarquia, contra tudo o que é lei. O nome já diz tudo: Anarquia
Cruz Satânica ou Cruz da confusão


O nome por si já diz o que significa, qual o seu uso, e o objetivo do porque usa.
Cruz de Nero


É uma cruz de cabeça para baixo, também chamada de "pé-de-galinha". Simboliza a "verdadeira" paz sem Cristo. O pé-de-galinha é uma cruz com os braços quebrados e caídos. O círculo representa o inferno. Na década de 60 foi usada pelos hippies; também foi símbolo de ecologia no mundo, pois representa uma árvore de cabeça para baixo. É um símbolo usado também pelos satanistas. Afirmam que a haste quebrada para baixo representava a princípio a derrota do Cristianismo. Foi na idade média que esse símbolo passou a ter vínculo com satanás. O ateu britânico, Bertrand Russell, usou como símbolo da Paz no final da década de 50 e os movimento hipies também usavam na década de 60. hoje é usado pelos grupos de rock, hevy metal e black metal.
Urano


Amor à natureza que se expressa através dos movimentos ecológicos. Urano simboliza a harmonia com o cosmo, adoração à deusa Gaia, o que eles chamam de "Lado feminino de Deus". "Gaia, ou m (G.). A personificação da Terra como elemento gerador das raças divinas. Nascida imediatamente após o Caos primordial, ela organizou sozinha Urano (O Céu). Depois, unindo-se a Urano, Gaia gerou inicialmente os deuses propriamente ditos: os Titãs, Oceano, Hiperíon, Crio, Coió, Jápeto e Cronos (o deus mais jovem dessa geração e as Titanides meg, Tetis, Têmis, Rea, Febe e Mnemosine. Em seguida nasceram dessa união os Ciclopes, chamados de Arges, Brontés e Esteropés, divindade dos relâmpagos dos trovões e dos raios. Finalmente, nasceram o casal divino os Hecatônqueires, gigantes violentos dotados de cem braços: Briareu, Coto e Gies, e muitos outros, mas, num segundo estágio das crenças gregas, gaia perdeu sua condição primitiva de geradora de monstros". (Dicionário de Mitologia Grega e Romana).
Unicórnio


É o símbolo da liberdade e promiscuidade sexual: homossexualismo, lesbianismo, fornicacionismo, sexo grupal, etc. "O Unicórnio medieval é um símbolo de poder, o que o chifre essencialmente expressa, mas também de luxo e de pureza - A dança do Unicórnio é um divertimento estimado no extremos oriente, na festa no meio do outono - O Unicórnio também simboliza com seu chifre único no meio da fronte, a fecha espiritual, o raio solar, a espada de Deus, a revelação divina, a penetração do divino na criatura - O chifre único foi comparado a um pênis frontal - Ele é também o símbolo da virgindade psíquica. Alquimistas viam no Unicórnio uma imagem do hermafrodita, o que parece ser um contra senso: ao invés de reunir a dupla sexualidade, o Unicórnio transcende a sexualidade. Tornara-se na Idade Média o símbolo da encarnação do Verbo de Deus no seio da Virgem Maria" (Dicionário de Símbolos) (verdadeira aberração!).
Cruz com laço


Simboliza o desprezo da virgindade, troca da parceiros conforme a escolha pessoal. O movimento Nova Era ensina que a sexualidade é a parte que purifica o ser humano, eleva o espírito e embeleza o corpo. É a volta ao paganismo antigo, cujos "deuses" promoviam as danças com barulho excessivo, as orgias, a prostituição ritual, etc.
Casal Transpessoal


Símbolo do fim do casamento representado pela letra ômega, última letra do alfabeto grego. Os adeptos da Nova Era dizem que o ser humano não deve pertencer a nenhuma família possessiva, mas deve ficar sempre livre para buscar outros parceiros.
"É satanás procurando desvalorizar a Família que é a Célula Máster da Sociedade, instituída por Deus ainda no Éden".
Pomba com Ramo


Simboliza a paz à qual tendem os aquarianos, na esperança de que as águas de Peixes sequem para dar lugar à Nova Era.
Cabeça de bode


É um símbolo de zombaria ao cordeiro de Deus "Jesus".
Mancha


Usada principalmente em automóveis. É uma gota de sangue em zombaria ao sangue redentor de Jesus.
Netuno


Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o "Novo Messias".

Plutão

Simboliza a união planetária, construção da Aldeia Global, é o novo nascimento do planeta Terra com a união sem fronteiras, acima de credos, cor e raça.
Simboliza também a "paz universal " dentro da nova era.



Olho de Lúcifer

Usado em roupas e outros meios. Simboliza o olho de satanás vendo tudo e chorando por aqueles que estão fora do seu alcance
(judeus e cristãos principalmente).


Fonte: www.vivos.com.br



Então, estes são símbolos satânicos usados no dia-dia e que muitas das vezes achamos que são coisas meramente ilustrativas, devemos esta atento a todas as coisas que do inimigo, pois, ele esta ao de redor procurando quem possa tragar, e ele usam a mentira e todas as armas que ele tem. Devemos nos revestir de toda armadura de Deus, pois, nossa luta não é contra carne nem sangue, mas, sim contra principados e potestades e os príncipes das trevas deste século. Eles não brincam e usam tudo que eles têm.


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domingo, 3 de abril de 2011

Teologia

Genesis
Fatos- 1 a 11
Pessoas- 12 a 50
Fatos – Criação, Queda, Dilúvio, Babel.
Pessoas – Abraão, Isaque, Jacó, José.
Geração
Cap. 1 a 2
Natureza cap. 1 vs. 25
Homem cap. 1 vs. 26 a cap. 2 vs. 25
Degeneração (3-11)
3 - Adão perde o contato com Deus.
4 – A primeira família fica marcada pelo homicídio.
5 – Os primeiros inviduos da raça humana sucumbem à morte.
6 – Corrupção da sociedade.
7 – Julgamento e extermínio da sociedade.
8 - Noé e os seus saem da arca.
9 - Já aparecem os sintomas de vícios inaptos do coração humano.
10 – As nações em estado embrionário não escapam a infecção do mal.
11- Na primeira manifestação de orgulho coletivo Deus lhes confundiu a língua e os disperça por toda a terra.

Êxodo

Divisão
Êxodo – 1 a 18 – Planejado, Obstruído, Consumado.
Lei – 19 a 24 – mandamento, Juízos, Ordenanças.
Tabernaculo – Planejado, Adiado, Completado.
Sub-divisões:
Êxodo caps. 1 e 4 foi planejado, a saída 5 e 11 obstrução por faraó, 12 e 18 foi consumado.
Lei caps. 19 a 24 – mandamentos 19 a 20, Juízos 21 a 23 Ordenanças cap. 24.
Tabernáculo – planejado cap. 25 a 31 Adiado do 2 a 34 Completado 35 a 40.

Êxodo revela o poder de Deus
Lei revela a santidade de Deus.
Tabernáculo revela a sabedoria de Deus.

Êxodo = liberdade, Lei = Responsabilidade, Tabernáculo = responsabilidade.

Levitico

Levitico = santidade

Finalidades :
a) Mostrar ao povo israelita o constrastes entre suas limitações e a justiça absoluta daquele que vos fala. Cap. 19: 1 e 2.
b) Apresentar com antecedência aos israelita o supremo sacrifício, o de Jesus Cristo, através dos múltiplos holocaustos e sacrifícios que prefiguravam a obra realizada no calvário.

Números

Antigamente chamado de arithmei.
Palavra-chave: Deserto

7 ocasiões em que Israel tornou-se culpado diante de Deus. Cap. 11 a 21.
• Murmuração cap. 11 vs. 1 a 3
• Contra o alimento cap. 11 vs. 4 a 5
• Miriam e Arão contra Moisés. Cap. 12
• Contra o relatório dos 12 espias.
• Core e seus companheiros contra a autoridade de Moises. Cap. 16 e 17.
• Em Meribá falta de água. Cap. 20
• As serpentes ardentes. Cap. 21

Deuteronômio

- segunda lei.

Livros de história.

TANAK
TORAH P. ANTERIORES P. POSTERIORES
1 Gn 6 Js 10 Is
2 Ex 7 Jz 11 Jr
3 Lv 8 I e II Sm 12 Ez
4 Nm 9 I e II Rs 13 P. posteriores
5 Dt

Hagiógrafos
POÉTICOS MAGILLOTH L. HISTÓRICOS
14 Sl 17 Rt 22 Dn
15 Pv 18 Ct 23 Ed e Ne
16 Jó 19 Ec 24 I e II Cr
20 Lm
21 Et

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A justificação pela fé em Jesus.

A justificação pela fé em Jesus Cristo.







21 Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.
25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus.
Rm 3:21-25
O homem vivia sob o domínio da lei, A torah dominava a vida religiosa e civil dos judeus, a promessa do Messias que viria e reinaria sobre Israel e Ele teria o domínio de todas as coisas.
Quando Paulo escreve na carta aos romanos ele diz que somos justificados pela fé em Jesus Cristo. Todos os homens pecaram e destituídos estavam da glória de Deus, mas, são justificados gratuitamente pela graça e pela redenção que há em Cristo.
Em João 14: 16, Jesus diz:
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao pai se não por mim
Jesus diz que o caminho que leva ao Pai é ele não há outro. Todo homem é justificado pela fé em Jesus Cristo, Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nós somos justificados pela em Cristo, devemos entregar nossa vida a Ele. Seguir seu evangelho e obedecer a sua palavra, e o ensino que a Bíblia nos dar, Nós vivemos em mundo corrompido e perverso e Nós devemos agir como verdadeiros filhos de Deus, no meio dessa geração, devemos sempre reter a palavra da vida, porque ela é a palavra de Deus, escrita para reger a humanidade.
No inicio quando um homem pecava, ele tinha que sacrificar um animal e oferecê-lo, para remição dos seus pecados, mas, Deus deu seu único filho para remissão dos nossos pecados. Ele foi oferecido como sacrifício vivo, posto para propiciação dos nossos pecados.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
10 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
I Jo 1:9-10
Quando confessamos nossos pecados Deus olha para nós e, ver o sangue de Jesus que foi derramado na cruz do calvário é esse sangue que nos purifica de todo pecado, o que move a mão de Deus em nossas vidas não é nosso sofrimento, lágrimas, tristeza o que move a mão de Deus em nossas vidas é a nossa fé em Jesus Cristo.
Nós devemos atentar para a palavra de Deus que é a Bíblia Sagrada e aceitá-la como nossa única regra de fé e prática, pois, vivemos em dias maus e devemos está preparado para toda situação do dia-a-dia, pois, na bíblia encontramos todas as respostas de como o cristão deve agir no meio dessa geração corrompida e perversa.
Então meu querido irmão, esta é uma pequena reflexão para meditarmos e entendermos que somos justificados pela fé em Jesus Cristo, somente por Ele chegamos ao Pai. Jesus é o único caminho que leva a Deus. Somente por Ele temos livre acesso ao Pai.







Escrito por: Mauricelio Basílio
e-mail: mauriceliobasilio@yahoo.com.br
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Angeologia Biblica.

Angeologia Bíblica




1. Introdução

Ao nosso redor há um mundo espiritual poderoso, populoso e de recursos superiores ao nosso mundo visível. Bons e Maus espíritos passam em nosso meio, de um lugar para o outro, com grande rapidez e movimentos imperceptíveis. Alguns desses espíritos se interessam pelo nosso bem estar, outros porém, estão empenhados em fazer-nos o mal. Muitas pessoas questionam se existem realmente tais espíritos ou seres, quem são, onde se encontram e o que fazem.

A palavra de Deus é a única fonte de informação que merece confiança, e que possui respostas para estas perguntas. Ela deixa claro que há outra classe de seres superiores ao homem. Esses seres habitam nos céus e formam os exércitos celestiais, a inumerável companhia dos servos invisíveis de Deus. Esses são os anjos de Deus, os quais estão sujeitos ao governo divino, e o importante papel que têm desempenhado na história da humanidade torna-os merecedores de referência especial. Existem também aqueles, pertencentes a mesma classe de seres, que anteriormente foram servos de Deus mas que agora se encontram em atitude de rebelião contra seu governo.

A doutrina dos anjos segue logicamente a doutrina de Deus, pois os anjos são fundamentalmente os ministros da providência de Deus. Essa doutrina permite-nos conhecer a origem, existência, natureza, queda, classificação, obra e destino dos anjos.



2. A origem dos anjos

A época de sua criação não é indicada com precisão em parte alguma, mas é provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus (Gn 1:1 ). Pode ser que tenham sido criados por Deus imediatamente após a criação dos céus e antes da criação da terra, pois de acordo com Jó 38:4-7, rejubilavam todos os filhos de Deus quando Ele lançava os fundamentos da terra. Que os anjos não existem desde a eternidade é mostrado pelos versículos que falam de sua criação ( Ne 9:6 , Sl 148:2,5; Cl 1:16 ). Embora não seja citado número definido na Bíblia, acredita-se que a quantidade de anjos é muito grande ( Dn 7:10; Mt 26:53; Hb 12:22 ).



3. A natureza dos anjos

3.1- São seres espirituais e incorpóreos.

Os anjos são descritos espíritos, porque diferentes dos homens, eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e desaparecem, e movimenta-se com uma rapidez imperceptível sem usar meios naturais. Apesar de serem espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem (Gn 19:1-3).

Que os anjos são incorpóreos está claro em Ef 6.12, onde Paulo diz que "a nossa luta não é contra a carne nem sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes". Outras referências: Sl 104:4; Hb 1:7,14; At 19:12; Lc 7:21; 8:2; 11:26; Mt 8:16; 12.45. Não têm carne nem ossos e são invisíveis ( Cl 1:16 ).

3.2- São um exército e não uma raça.

As Escrituras ensinam que o casamento não é da ordem ou do plano de Deus para os anjos (Mt 22:30; Lc 20:34 -36 ), portanto não se caracteriza uma raça. No Velho Testamento por cinco vezes os anjos são chamados de "filhos de Deus" ( Gn 6:2,4; Jó 1:6; 2:1; 38:7 ) mas nunca lemos a respeito dos "filhos dos anjos". Os anjos sempre são descritos como varões, porém na realidade não tem sexo, não propagam sua espécie ( Lc 20:34-35 ).

Várias passagens das Escrituras indicam que há um número muito grande de anjos (Dn 7:10; Mt 26:53; Sl 68:17; Lc 2:13; Hb 12:22), e são repetidamente mencionados como exércitos do céus ou de Deus. No Getsêmani, Jesus disse a um discípulo que queria defendê-los dos que vieram prendê-lo: "Acaso pensas que não posso rogar ao meu pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos"? ( Mt 26:53 ). Portanto, seu criador e mestre é descrito como "Senhor dos Exércitos".

É evidente que eles são criaturas e portanto limitados e finitos. Apesar de terem mais livre relação com o espaço e o tempo do que o homem, não podem estar em dois ou mais lugares simultaneamente.

3.3- São seres racionais morais e imortais.

Aos anjos são atribuídas características pessoais; são inteligentes dotados de vontade e atividade. O fato de que são seres inteligentes parece inferir-se imediatamente do fato de que são espíritos (2 Sm 14:20; Mt 24:36 , Ef 3:10; 1 Pe 1:12; 2 Pe 2:11). Embora não sejam oniscientes, são superiores ao homens em conhecimento (Mt 24:36) e por ter natureza moral estão sob obrigação moral; são recompensados pela obediência e punidos pela desobediência.

A Bíblia fala dos anjos que permanecerem leais como "santos anjos" ( Mt 25:31; Mc 8:38; Lc 9:26; At 10:22; Ap 14:10) e retrata os que caíram como mentirosos e pecadores (Jo 8:44; 1 Jo 3:8-10).

A imortalidade dos anjos está ligada ao sentido de que os anjos bons não estão sujeitos a morte (Lc 20:35-36), além de serem dotados de poder formando o exército de Deus, uma hoste de heróis poderosos, sempre prontos para fazer o que o Senhor mandar ( Sl 103:20; Cl 1:16; Ef. 1:21; 3:10; Hb 1:14) enquanto que os anjos maus formam o exército de Satanás empenhados em destruir a obra do Senhor (Lc 11:21; 2 Ts 2:9; 1 Pe 5:8 ).

Ilustrações do poder de um anjo são encontradas na libertação dos apóstolos da prisão ( At 5:19; 12:7) e no rolar da pedra de mais de 4 toneladas que fechou o túmulo de Cristo (Mt 28.2 )



4. A classificação dos anjos

4.1- Anjos bons e anjos maus

Há pouca informação sobre o estado original dos anjos. Porém no dia de sua obra criadora Deus viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Pressupõe-se que todos os anjos tiveram um boa condição original (Jo 8:44; 2 Pe 2:4; Jd 6 ). Os anjos bons são chamados "anjos eleitos" (1 Tm 5:21) e evidentemente receberam graça suficiente para habilitá-los a manter sua posição de perseverança, pela qual foram confirmados em sua condição e agora são incapazes de pecar . São chamados também de "santos anjos ou anjos de luz" (2Co 11:14). Sempre contemplam a face Deus (Lc 9:26), e tem vida imortal ( Lc 20:36 ). Sua atividade mais elevada é a adoração a Deus ( Ne 9:6; Fp 2:9-11; Hb 1:6; Jó 38:7; Is 6:3; Sl 103:20; 148:2 Ap 5:11).

4.2- Quatro tipos de anjos bons:

1. Anjos:

Tanto no grego quanto no hebraico a palavra "anjo" significa "mensageiro". São exércitos como seres alados (Dn 9:21; Ap 14:6) para nos favorecer. Desde a entrada do pecado no mundo, eles são enviados para dar assistência aos herdeiros da salvação (Hb 1:14). Eles se regozijam com a conversão de um pecador (Lc 15:10), exercem vigilância protetora sobre os crentes ( Sl 34:7; 91:11 ), protegem os pequeninos (Mt 18:10), estão presentes na igreja (1 Tm 5:21) recebem aprendizagem das multiformes riquezas da graça de Deus ( Ef 3:10; 1 Pe 1:12) e encaminham os crentes ao seio de Abraão (Lc 16:22,23). A idéia de que alguns deles servem de anjos da guarda de crentes individuais não tem apoio nas Escrituras. A declaração de Mt 18:10 é geral demais, embora pareça indicar que há um grupo de anjos particularmente encarregado de cuidar das criancinhas. At 12:15 tampouco o prova, pois esta passagem mostra apenas que, naquele período primitivo havia alguns, mesmo entre discípulos, que acreditavam em anjos guardiães.

Embora os anjos não constituam um organismo, evidentemente são organizados de algum modo. Isto ocorre do fato de que ao lado do nome geral "anjo", a Bíblia emprega certos nomes específicos para indicar classe de anjos. O termo grego "angelos" (anjos = mensageiros ) também e freqüentemente aplicado a homens (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24; 9:52; Gl 4:14). Não há nas Escrituras um nome geral, especificamente distintivo, para todos os seres espirituais. Eles são chamados filhos de Deus, (Jó 1:6; 2:1) espíritos (Hb 1:14), santos (Sl 89:5,7; Zc 14:5; Dn 8:13 ), vigilantes (Dn 4:13,17). Contudo, há nomes específicos que indicam diferentes classes de anjos.



2. Querubins:

São responsáveis pela guarda da entrada do paraíso (Gn 3:24), observam o propiciatório (Ex 25:18,20; Sl 80:1; 99:1; Is 37:16; Hb 9:5) e constituem a carruagem de que Deus se serve para descer à terra ( 2Sm 22:11; Sl 18:10). Como demonstração do seu poder de majestade, em Ez 1º e Ap 4º são representados simbolicamente como seres vivos em várias formas. Mais do que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra.



3. Serafins:

Mencionados somente em Is 6:2,6, constituem uma classe de anjos muito próxima dos querubins. São representados simbolicamente em forma humana com seis asas cobrindo o rosto, os pés e duas prontas para execução das ordens do Senhor. Permanecem servidores em torno do trono do Deus poderoso, cantam louvores a Ele e são considerados os nobres entre os anjos.



4. Arcanjos:

O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas escrituras (1 Ts 4:16; Jd 9), mas há outras referências para ao menos um arcanjo, Miguel. Ele é o único a ser chamado de arcanjo e aparece comandando seus próprios anjos (Ap 12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10:13,21; 12.1). A maneira pela qual Gabriel é mencionado também indica que ele é de uma classe muito elevada. Ele está diante da presença de Deus ( Lc 1:19) e a ele são confiadas as mensagens de mais elevada importância com relações ao reino de Deus ( Dn 8:16; 9:21).

Obs.:Principados, potestades, tronos e domínios: A Bíblia menciona certas classes de anjos que ocupam lugares de autoridades no mundo angélico, como principados e potestades (Ef 3:10; Cl 2:10), tronos (Cl 1:16), domínios (Ef 1:21; Cl 1:16 ) e poderes ( Ef 1:21 , 1 Pe 3:22). Estes nomes não indicam espécies de anjos, mas diferenças de classe ou de dignidade entre eles. Embora em Ef 1:21 a referencia parece incluir tanto anjos bons quanto os maus, nas outras passagens essa terminologia se refere definitivamente apenas aos anjos maus (Rm 8:38; Ef 6:12; Cl 2:15).



4.3- Anjos Maus

Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e como o homem dotado de livre escolha. Sob a direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados fora do céu (2 Pe 2:4; Jd 6). O pecado, no qual eles e seu chefe caíram foi o orgulho. Alguns tem pensado que a ocasião de rebelião dos anjos foi a revelação da futura encarnação do Filho de Deus e a obrigação deles o adorarem.

Segundo as Escrituras, os anjos maus passam o tempo no inferno (2 Pe 2:4 ) e no mundo, especialmente nos ares que nos rodeiam. (Jo 12:31; 14:30; 2 Co 4:4; Ap 12:4,7-9). Enganando os homens por meio do pecado, exercem grande poder sobre eles (2 Co 4:3,4; Ef 2:2; 6:11,12); este poder está aniquilado para aqueles que são fieis a Cristo, pela redenção que ele consumou (Ap 5:9; 7:13,14).

Os anjos não são contemplados no plano da redenção (1 Pe 1:12), mas no inferno foi preparado o eterno castigo dos anjos maus (Mt 25:41).

Os anjos maus são empregados na execução dos propósitos de Satanás, que são opostos aos propósitos de Deus, e estão envolvidos nos obstáculos e danos contra a vida espiritual e o bem estar do povo de Deus.



5. A queda dos anjos

5.1- O fato da sua queda

Tudo nos leva a crer que os anjos foram criados em estado de perfeição. No capitulo 1º de Gênesis, lemos sete vezes que o que Deus havia feito era bom. No ultimo versículo deste capitulo lemos "Viu Deus tudo o quanto fizera, e eis que era muito bom". Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade quando originalmente criados.

Algumas pessoas acham que Ez 28:15 se refere a Satanás. Se for assim, ele é definitivamente mostrado como tendo sido criado perfeito. Mas diversas passagens mostram alguns dos anjos como maus (Sl 78:49; Mt 25:41; Ap 9:11; Ap 12:7-9). Isto se deve ao fato de terem deixado seu próprio principado e habitação apropriada (Jd 6) e pecado (2 Pe 2:4). Não há duvida que Satanás tenha sido o chefe da apostasia. Is 14:12 e Ez 28:15-17 parece lamentar a sua queda.

5.2- A época de sua queda

Nas Escrituras não há referência de quando ocorreu a queda dos anjos, mas deixa claro que se deu antes da queda do homem, já que Satanás entrou no jardim na forma de serpente e induziu Eva a pecar (Gn 3).

5.3- A causa de sua queda.

De acordo com as Escrituras o universo e a criatura eram originalmente perfeitos. A criatura tinha originalmente a capacidade de pecar ou não. Ela foi colocada na posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem ser obrigada a optar por uma delas. Em outras palavras, sua vontade era autônoma.

Portanto, conclui-se que a queda dos anjos se deu devido a sua revolta deliberada e autodeterminada contra Deus. Grande prosperidade e beleza parecem ser apontadas como possíveis causas. Em Ez 28:11-19, o rei de Tiro parece simbolizar Satanás e diz-se que ele caiu devido a essas coisas.

Ambição desmedida e o desejo de ser mais que Deus parecem ser outra causa. O rei da Babilônia é acusado de ter essa ambição, ele também parece simbolizar Satanás (Is 14.13-14).

Em qualquer um dos casos o egoísmo, descontentamento com aquilo que tinha e o desejo de ter tudo o que os outros tinham, foi a causa da queda de Satanás e de outros anjos que o seguiram.

5.4- O resultado de sua queda

1.Todos eles perderam a sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta (Mt 10:1; Ef 6: 11-12; Ap 12:9); 2.Alguns deles foram lançados no inferno e estão acorrentados até o dia do julgamento (2 Pe 2:4); 3.Alguns deles permanecem em liberdade e trabalham em definida oposição à obra dos anjos bons (Ap 12:7-9; Dn 10:12,13,20,21; Jd 9); 4.Pode também ter havido um efeito sobre a criação original. A terra foi amaldiçoada ao pecado de Adão (Gn 3:17-19) e a criação está gemendo por causa da queda (Rm 8:19-22). Não é improvável, portanto, que o pecado dos anjos tenha tido algo a ver com a ruína da criação original no capítulo 1º de Gênesis; 5.Eles serão, no futuro, atirados para a terra (Ap 12:8-9), e após seu julgamento (1 Co 6:3), no lago de fogo e enxofre (Mt 25:41; 2 Pe 2:4; Jd 6).



6. Os demônios

As Escrituras não descrevem a origem dos demônios. Essa questão parece ser parte do mistério que rodeia a origem do mal. Porém, as Escrituras dão claro testemunho da sua existência real e de sua posição (Mt 12:26-28). Nos Evangelhos aparecem os espíritos maus desprovidos de corpos, que entram nas pessoas, das quais se diz que têm demônios. Os efeitos desta possessão se evidenciam por loucura, epilepsia e outras enfermidades, associadas principalmente com o sistema mental e nervoso (Mt 9:33; 12:22; Mc 5:4,5). O indivíduo sob a influência de um demônio não é senhor de si mesmo; o espírito fala através de seus lábios ou emudece à sua vontade; leva-o aonde quer e geralmente o usa como instrumento, revestindo-o às vezes de uma força sobrenatural.

Quando examinam as Escrituras, algumas pessoas ficam em dúvida se os demônios devem ser classificados juntamente com os anjos ou não; mas não há dúvida de que na Bíblia, há ensino positivo concernente a cada um dos dois grupos.

Ainda que alguns falem em "diabos", como se houvesse muitos de sua espécie, tal expressão é incorreta. Há muitos "demônios", mas existe um único "diabo". Diabo é a transliteração do vocábulo grego "diabolos", nome que significa "acusador" e é aplicado nas Escrituras exclusivamente a Satanás. "Demônio" é a transliteração de "daimon" ou "daimonion".

6.1- A natureza dos demônios

1.São seres inteligentes (Mt 8:29,31; 1 Tm 4:1-3; 1 Jo 4:1 e Tg 2:19), possuem características de ações pessoais o que demonstra que possuem personalidade (Mc 1:24; Mc 5:6,7; Mc 8:16; Lc 8:18-31); 2.São seres espirituais (Lc 9:38,39,42; Hb 1:13,14; Hb 2:16; Mt 8:16; Lc 10:17,20); 3.São reputados idênticos aos espíritos imundos, no Novo Testamento; 4.São seres numerosos (Mc 5:9) de tal modo que tornam Satanás praticamente ubíquo por meio desses seus representantes; 5.São seres vis e perversos - baixos em conduta (Lc 9:39; Mc 1:27; 1 Tm 4:1; Mt 4:3); 6.São servis e obsequiosos (Mt 12:24-27). São seres de baixa ordem moral, degenerados em sua condição, ignóbeis em suas ações, e sujeitos a Satanás.

6.2- As atividades dos demônios

1.Apossam-se dos corpos dos seres humanos e dos irracionais (Mc 5:8, 11-13); 2.Afligem aos homens mental e fisicamente (Mt 12:22; Mc 5:4,5); 3.Produzem impureza moral (Mc 5:2; Ef 2:2);



7. Satanás

7.1- Sua origem

Alguns afirmam que Satanás não existe, mas observando-se o mal que existe no mundo, é lógico que se pergunte: "Quem continua a fazer a obra de Satanás durante a sua ausência, se é que ele não existe?"

Satanás aparece nas Escrituras como reconhecido chefe dos anjos decaídos. Ele era originalmente um dos poderosos príncipes do mundo angélico, e veio a ser o líder dos que se revoltaram contra Deus e caíram. De acordo com as Escrituras, Satanás era originalmente Lúcifer ("o que leva a luz"), o mais glorioso dos anjos. Mas ele orgulhosamente aspirou a ser "como o Altíssimo" e caiu "na condenação (Ez 28:12,19; Is 14: 12-15). O nome "Satanás" revela-o como "o adversário", não do homem em primeiro lugar, mas de Deus. Ele investe contra Adão como a coroa da produção de Deus, forja a destruição, razão pela qual é chamado Apolion (destruidor), Ap 9:11, e ataca Jesus, quando Este empreende a obra de restauração. Depois da entrada do pecado no mundo ele se tornou "diabolos" (acusador), acusando continuamente o povo de Deus, Ap 12:10.

Ele é apresentado nas Escrituras como o originador do pecado (Gn 3:1,4; Jo 8:44; 2 Co 11:3; 1 Jo 3:8; Ap 12:9; 20:2,10) e aparece como reconhecido chefe dos que caíram (Mt 25:41; 9:34; Ef 2:2). Ele continua sendo o líder das hostes angélicas que arrastou consigo em sua queda, e as emprega numa desesperada resistência a Cristo ao seu reino. É também chamado "príncipe deste mundo" (Jo 12:31; 14:30; 16:11) e até mesmo "deus deste século" (2 Co 4:4). Não significa que ele detém o controle do mundo, pois Deus é quem o detém, e Ele deu toda autoridade a Cristo, mas o sentido é que Satanás tem sob controle este mundo mau, o mundo naquilo em que está separado de Deus (Ef 2:2).

Ele é mais que humano, mas não é divino; tem poder, mas não é onipotente; exerce influência em grande escala, mas restrita (Mt 12:29; Ap 20:2), e está destinado a ser lançado no abismo (Ap 20:10).

7.2- Seu caráter:

Presunçoso (Mt 4:4,5); Orgulhoso (1 Tm 3:6; Ez 28:17); Poderoso (Ef 2:2); Maligno (Jó 2:4); Astuto (Gn 3:1; 2 Co 11:3); Enganador (Ef 6:11); Feroz e cruel (1 Pe 5:8).

7.3- Suas atividades:

1. A natureza das atividades:

Perturbar a obra de Deus (1 Ts 2:18); Opor-se ao Evangelho (Mt 13:19; 2 Co 4:4); Dominar, cegar, enganar e laçar os ímpios (Lc 22:3; 2 Co 4:4; Ap 20:7,8; 1 Tm 3:7); Afligir e tentar os santos de Deus (1 Ts 3:5).

2. O motivo de suas atividades:

Ele odeia até a natureza humana com a qual se revestiu o Filho de Deus. Intenta destruir a igreja porque ele sabe que uma vez perdendo o sal da terra o seu sabor, o homem torna-se vítima nas suas mãos inescrupulosas.

3. Suas atividades são restritas:

Ao mesmo tempo que reconhecemos que Satanás é forte, devemos ter cuidado de não exagerar o seu poder. Para aqueles que crêem em Cristo, ele já é um inimigo derrotado (Jo 12:31), e é forte somente para aqueles que cedem à tentação. Apesar de rugir furiosamente ele é covarde (Tg 4:7). Não pode tentar (Mt 4:1), afligir (1 Ts 3:5), matar (Jó 2:6), nem tocar no crente sem a permissão de Deus.

7.4- Sua atuação

Não limita sua operações aos ímpios e depravados. Muitas vezes age nos círculos mais elevados como "um anjo de luz" (2 Co 11:14). Deveras, até assiste às reuniões religiosas, o que é indicado pela sua presença no ajuntamento dos anjos (Jó 1:6), e pelo uso dos termos "doutrina de demônios" (1 Tm 4:1) e "a sinagoga de Satanás" (Ap 2:9).

Freqüentemente seus agentes se fazem passar como "ministros de justiça" (2 Co 11:15).

7.5- Sua derrota:

Deus decretou sua derrota (Gn 3:14,15). No princípio foi expulso do céu; durante a grande tribulação será lançado da esfera celeste à terra (Ap 12:7-9); durante o milênio será aprisionado no abismo (Ap 20:1-3), e depois de mil anos será lançado no lago de fogo (Ap 20:10). Dessa maneira a Palavra de Deus nos assegura a derrota final do mal.



Bibliografia:

Teologia Sistemática - 3ª edição - 1990

Louis Berkhof

Editora Luz para o Mundo



Teologia Elementar - 8ª edição - 1995

E.H. Bancroft, D.D.

Editora Batista Regular



Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática - 3ª edição - 1994

Henry Clarence Thiessen

Editora Batista Regular



Conhecendo as Doutrinas da Biblia - 23ª edição - 1996

Myer Pearlman

Editora Vida

Autor: Desconhecido

Anjos - Quem São e o Que Fazem?



ALGUMAS REALIZAÇÕES DOS ANJOS.

Os anjos realizam várias atividades referentes aos seres humanos, além de protegê-los. Eis uma breve lista de algumas de suas outras atividades:



1. Os anjos revelam a vontade de Deus aos homens.Os anjos revelaram o futuro a profetas como Daniel.No Novo Testamento, revelaram a João os propósitos de Deus para o futuro.Em Atos 10:3-5, um anjo revelou ao centurião gentio Cornélio que Deus reconhecia suas obras religiosas.Esse acontecimento resultou no primeiro derramamento do Espírito Santo sobre cristãos gentiosAtos 10:44-11-18.

Os anjos podem manifestar-se no mundo físico, mas também podem comunicar-se com os homens em sonhos e visões.O anjo que visitou Cornélio veio por meio de uma visão (Atos 10; compare com Zc 1:8).



2. Os anjos ministram para os seres humanos. Umas das funções principais dos anjos é servir ao povo de Deus (Hebreus 1:14).No Novo Testamento, um anjo dirigiu Filipe, o evangelista, para converter o eunuco etíope, Atos 8:26.Muitas vezes Deus envia anjos para fortalecer, encorajar e proteger seu povo (1 Rs 19:3-7; Lucas 22:43).O assistente de Elizeu ficou com medo quando o rei da Síria enviou um exército para prender o profeta.Eliseu respondeu:"Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.Orou Eliseu, e disse: "Senhor, peço-te que lhe abras os olhos para que veja".O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu, (2 Rs 6:15-17). O exército sírio então ficou temporariamente cego.



3. Os anjos auxiliam Deus em questões relacionadas à escatologia.A palavra escatologia refere-se à doutrina das "últimas coisas", ou ensinos sobre morte, vida após a morte, céu e inferno, e o final dos tempos.O livro de Apocalipse está repleto de anjos comprometidos com as questões do fim do mundo.Quando Lázaro ( o mendigo) morreu, foi levado ao seio de Abraão (paraíso) pelos anjos (Lucas 16:22).



4. Os anjos realizam feitos milagrosos. Os anjos demonstram a realidade do mundo sobrenatural (At 5:19; 12:7-11; Êx 14:19).Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego recusaram prostrar-se diante da imagem de ouro do rei Nabucodonosor (Dn 3:8-29), foram jogados na fornalha.Entretanto foram totalmente preservados das chamas quando um anjo de Deus apareceu.Nabucodonosor exclamou:" Vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses",(Dn 3:25).Um anjo também auxiliou Daniel dentro da cova dos leões(Dn 6:22).



A expressão anjo da guarda não aparece nenhuma vez na Bíblia. Muitas passagens bíblicas citadas para apoiar essa idéia apenas afirmam a providência geral de Deus de proteger seus santos enviando anjos. Duas passagens porém, parecem apoiar a idéia dos anjos da guarda: Em atos, os cristãos confundiram Pedro com"seu anjo" (Atos 12:15); em Mateus Jesus disse: "Não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face do meu Pai celeste"(Mt 18:10).Então, o que podemos afirmar sobre anjos da guarda? Eles existem, mas não como são geralmente descritos na cultura popular e na religião. Há pouca evidência de que anjos invisíveis guardam diariamente nossos caminhos. Mateus 18:10descreve anjos que vigiam e talvez intercedem por nós no céu, mas não encontramos nenhuma evidência de que tais anjos invisíveis estão ao nosso redor para nos proteger continuamente. Devemos lembrar que anjos destacados para nos servir estão sujeitos à vontade soberana de Deus. Às vezes, devido aos seus propósitos imensuráveis, Deus evita que os anjos nos protejam fisicamente. Ele nunca prometeu que nos protegeria de toda sorte de ameaça física na presente era; ele promete, sim, trabalhar em todas as coisas “para o bem daqueles que o amam” (Rm 8:28).



Autor: Elizabeth Moraes



A Maravilhosa Proteção dos Anjos de Deus



Deus promete aos seus santos proteção nos tempos difíceis, promessas essas que precisamos ter em nossos corações durante os dias atuais.

Procuramos mantê-lo informado e preparado para a ocultistaNova Ordem Mundial, o reinado do Anticristo. Muitos de vocês começaram a ver um mundo que não sabiam que existia; entretanto, Deus sabe, ele vê nossa deplorável condição nacional, e está muito irado. Logicamente, sabemos que a ira de Deus contra o pecado, e especialmente contra o pecado praticado de forma proposital pelos indivíduos da nação que experimentou a maior luz espiritual na história, leva direto ao julgamento. Como disse certa vez um líder cristão, "Se Deus não nos julgar, precisará pedir desculpas à população de Sodoma e Gomorra no Dia do Juízo Final."

As cartas e os comentários demonstram que muitos de vocês puderam aplicar em suas vidas os conceitos e princípios que compartilhamos em nossos artigos, protegendo suas almas e as dos seus preciosos filhos das garras de Satanás. Também temos visto pessoas reagirem às nossas mensagens, procurando com maior interesse viver uma vida de santidade, o que leva a um maior comprometimento com Jesus Cristo. Esses são os objetivos específicos do nosso ministério.



Entretanto, estamos preocupados que compartilhamos tantos aspectos negativos com relação ao estado da nossa civilização que alguns de vocês podem pensar que vivemos vidas muito negativas, vazias de alegria na caminhada cristã. Hoje, compartilharemos com vocês a alegria fundamental que possuímos por sermos sustentados e capacitados pelo Espírito Santo.



Vamos iniciar com uma verificação da realidade sobre o ponto em que o mundo parece estar na história mundial. Em Mateus 24, Jesus Cristo nos deu muitos sinais pelos quais podemos saber que estamos vivendo nos últimos dias; no verso 34, ele disse que quando todos esses sinais estiverem ocorrendo simultaneamente em todo o mundo, e após Israel ter voltado para sua terra, saberíamos que sua Segunda Vinda está muito próxima. Estamos atualmente nesse ponto na história mundial. Em seguida, precisamos considerar o lado satânico da presente equação. Os espíritos-guia demoníacos estão dizendo aos líderes da Nova Ordem Mundial que chegou a hora de o mundo finalmente entrar na Nova Era de paz e segurança, assegurada pelo Cristo deles.



Todas essas informações nos trazem aos escritos profundos do Pregador de Eclesiastes 3:1-8: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo da estar calado, e tempo de falar, tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz." Qual é o tempo histórico e espiritual hoje?



Acredito que seja tempo de nos prepararmos sobriamente para oArrebatamento da Igreja. É tempo para todo crente limpar seu coração diante de Deus, reconhecendo aquilo que não o agrada, pedindo perdão por meio do sangue de Jesus Cristo e fazendo restituição onde for necessário. É tempo de os cristãos nascidos de novo orarem pelos não-salvos deste mundo, e testemunhar com intrepidez para que eles também possam ser alcançados e salvos.



Entretanto, uma vez que tenhamos feito isso em nossas vidas, é hora de descansarmos na providência e nas promessas de Deus. Se tomarmos essa atitude, sentiremos um imenso amor e paz na alma. Vamos revisar algumas dessas maravilhosas promessas de Deus para nós.



Em Salmos 118:8, a Bíblia diz, "É melhor confiar no SENHOR do que confiar nos homens." Essa Escritura é literalmente o tema de toda a Bíblia. Ela fala da absoluta soberania de Deus sobre as vidas e os negócios deste mundo. O apóstolo Pedro diz a mesma verdade em 1 Pedro 5:7, "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." Que verdade tremenda e confortadora! Como Deus controla os líderes das nações e como é absolutamente soberano, podemos lançar todas nossas ansiedades e preocupações em suas mãos; literalmente, podemos nos desfazer de nossos fardos e permitir que Deus tome conta deles. Que psicologia maravilhosa é essa; que liberação maravilhosa das tensões e do estresse!



No entanto, Deus continua a falar sobre seu desejo e capacidade de cuidar dos seus santos. Em Mateus 6:25-34, Jesus nos diz "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Deus também diz em Hebreus 13:5b, "Não te deixarei, nem te desampararei." Nesse verso, Deus diz claramente que nunca, nunca, nunca nos deixará sem suporte, ou deixará de cuidar de nós. Não precisamos nos preocupar sobre como viveremos, o que comeremos e nos preocupar com as necessidades da vida; Deus fará que tenhamos todas essas coisas.



O autor de Hebreus conclui, no verso 13:6, "E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem." Realmente, o que o homem pode fazer contra nós? Da maneira como vejo, o homem pode fazer somente algumas poucas coisas:

1. O homem pode nos perseguir. No entanto, não devemos temer isso, porque quando somos perseguidos, amadurecemos de uma forma especial. Tiago 1:2-4 diz, "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma."



A perseguição fornece ao crente fiel recompensas tão grandes e especiais que devemos agradecer a Deus por sermos considerados dignos de sofrer por ele.



2. O homem pode nos lançar na prisão. Um crente somente é recompensado quando é encarcerado injustamente. Muitos, muitos crentes ao longo da história, desde o início do cristianismo, foram lançados na prisão por causa de sua fé. Eles não somente perseveraram, mas prosperaram espiritualmente. Muitas pessoas foram alcançadas para o evangelho dentro das paredes das prisões. Paulo informou o fenômeno que seu encarceramento tinha fortalecido consideravelmente os cristãos que estavam em liberdade.



3. O homem pode matar nosso corpo físico. Jesus nos disse para não temermos aqueles que nos ameaçam com morte física, "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo."[Mateus 10:28] O martírio físico dos santos de Deus sempre serviu como catalisador para o crescimento da igreja. Deus literalmente transforma o mal que os ímpios fazem contra os cristãos para o nosso bem, isto é, em recompensas celestiais pela fidelidade demonstrada. Imediatamente após a morte, o cristão entra no Paraíso, para ser confortado do seio de Jesus Cristo.

Assim, se os cristãos não temem a perseguição, o cárcere, ou a morte física, não temos razão para não estarmos descansados e felizes em nossa segurança em Jesus Cristo. Podemos literalmente gozar cada dia que Deus nos dá. Podemos literalmente enfrentar os juízos que virão em breve sobre todo o mundo com gozo e alegria pessoal. Uma vez que cheguei ao ponto em que aceitei esses juízos como parte da vontade de Deus, senti uma plenitude singular do Espírito Santo, que continua a cada dia. Desfruto diariamente dessa doce comunhão com meu Senhor e Salvador Jesus Cristo. Olhando para os eventos que estão se desdobrando diante dos meus olhos, alegro-me com a realidade que oArrebatamento da Igreja esteja tão próximo. Muito em breve, contemplarei a face de meu Senhor e Salvador. Estou entristecido com todo o pecado que me rodeia e lamento pelas almas preciosas que estão rejeitando a Jesus Cristo, especialmente os familiares não-salvos, mas estou pessoalmente confortado pela fé inabalável que meu nome está escrito no Livro da Vida do Cordeiro. Posso dizer, como Jó, "... ainda que ele me mate, nele esperarei." [Jó 13:15]



Literalmente, a Nova Ordem Mundial é a Grande Tribulação, um período sem precedentes de convulsões, guerras, fomes e o juízo final de Deus. Como estamos tão próximos desses eventos, podemos ver o início dessas profecias. No entanto, Deus tem algumas coisas muito específicas a dizer sobre sua provisão aos seus santos durante os tempos de julgamento:

1. "Em seis angústias de livrará; e na sétima o mal não te tocará. Na fome te livrará da morte; e na guerra , da violência da espada. Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a assolação quando vier. Da assolação e da fome te rirás, e os animais da terra não temerás." [Jó 5:19-22]



Embora pareça estranho rir da fome e da guerra, Deus está dizendo que o conforto do seu Santo Espírito será tão grande e completo, que reagiremos dessa forma.



2. "O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.... Os justos clamam, e o SENHOR os ouve, e os livra de todas as suas angústias." [Salmos 34:7,17]



Observe a palavra todas. Nós, que confiamos no Senhor Jesus Cristo para nossa sobrevivência física e para nossa salvação eterna, estamos protegidos pelo anjo do Senhor, e receberemos livramento em todas as aflições e males.



3. Isaías 44:8, "Não vos assombreis, nem temais... ". Deus deu essa certeza ao profeta Isaías imediatamente antes do juízo começar a ser derramado sobre Israel. Quão é bom servir a um Deus maravilhoso assim!



Portanto, como sabemos todas essas coisas, devemos estar ativos e confiantes no serviço de Jesus Cristo. Paulo nos diz em 2 Coríntios 10:4, "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para a destruição de fortalezas." Não se engane, a guerra diária em que estamos envolvidos é espiritual. Precisamos das armas espirituais de Deus, a cada segundo de todos os dias. Quais são essas armas espirituais? Paulo nos diz emEfésios 6:10-11, "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo."



Em outras palavras, após treinamento diligente para obter e usar as armas espirituais que Deus nos oferece, precisamos permanecer firmes e lutar; nenhum cristão deve virar as costas e sair correndo quando vir a batalha se aproximando.



Em seguida, Paulo nos diz quais são as armas espirituais que Deus nos oferece:

Cingir os lombos com a verdade

Vestir a couraça da justiça

Calçar os pés na preparação do evangelho da paz

Tomar o escudo da fé salvadora, com o qual poderemos apagar os dardos inflamados do Maligno

Tomar o capacete da salvação, isto é, a certeza da salvação

Portar a espada do espírito, que é a Palavra de Deus

Orar constantemente



Paulo conclui no verso 18b, "e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos." Esteja alerta e prevenido.



Vejamos agora uma das mais tremendas porções das Escrituras que nos asseguram a providência de Deus durante um tempo de dificuldades e convulsões sem precedentes. Vamos examinar oSalmo 91, que os sacerdotes judeus liam sempre que precisavam expulsar demônios no Templo ou em algum outro lugar. Leio esse salmo diariamente e o encorajo a fazer o mesmo.



Versos 1 e 2 - Deus apresenta suas condições para o tipo de pessoa a quem dará essa maravilhosa proteção. "Aquele que habita no escoderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do SENHOR: Ele é meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei." Aquele que vive em obediência diante de Jesus Cristo, e confessa seus pecados diante dele, pode ter a confiança que habita nesse esconderijo de proteção do Altíssimo.



Verso 3 - "Porque ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa." Todo o plano de enganação por parte do Anticristo é um laço do qual Deus promete nos livrar, como Jesus prometeu em Mateus 24. Além disso, Apocalipse 6:8 e Lucas 21:11 predizem uma quantidade absurda de mortes por pestilências. Deus aqui nos promete livramento desse tipo de doenças.



Verso 4 - "Ele te cobrirá com as suas penas e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel." A maioria dos cristãos liberais está hoje tentando estupidamente negar as muitas verdades do maravilhoso evangelho de Jesus Cristo, esquecendo-se que essa verdade é "escudo e broquel" destinada a nos proteger dos ataques espirituais do Maligno.



Versos 5 e 6 - "Não terás medo do terror de noite, nem da seta que voa de dia, nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia." Novamente, essa promessa de Deus parece falar de forma específica sobre os juízos no final dos tempos. Recebemos a promessa que não precisamos temer esses terríveis agentes de destruição e de morte porque Deus nos protegerá. O próximo verso diz exatamente como a proteção de Deus será completa.



Verso 7 - "Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios."



Você pode imaginar a cena? Deus promete que seremos protegidos, embora mil pessoas possam cair mortas ao nosso lado esquerdo e dez mil ao direito. Que promessa! Que cena terrível de imaginar, parece cena de cinema! Novamente, esses tipos de cenas de morte e de destruição parecem ser referentes às profecias do final dos tempos, os tempos em que estamos vivendo atualmente. Podemos descansar nas promessas de livramento de Deus embora toda a nossa comunidade esteja caindo morta ao nosso redor. Que livramento! Que Deus glorioso!



Adicionalmente, Deus nos diz que testemunharemos a recompensa dos ímpios. Essa promesa me faz lembrar da cena em que ele nos promete testemunhar seu julgamento sobre Satanás. Considere a promessa de Deus: "Os que te virem [Satanás] te contemplarão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?" [Isaías 14:16]



Depois, no reino eterno final, Deus nos diz que veremos os ímpios em seus tormentos: "E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR. E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a carne." [Isaías 66:23-24]



Sabemos com certeza que Deus está falando do Inferno eterno, pois Jesus disse, "E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga." [Marcos 9:47-48]



Seremos testemunhas da recompensa eterna dos ímpios, exatamente como Deus promete que veremos a destruição deles ocorrer na terra, à nossa esquerda e à direita.



Verso 9 - "Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda."



Esse verso é um dos mais preciosos de toda a Bíblia! Deus está prometendo que impedirá que qualquer mal proveniente de Satanás chegue perto da habitação daquele que colocou sua confiança em Deus e em sua providência. Alguns pregadores dizem, muito corretamente, que Satanás não pode tocar nos salvos de Deus, a não ser que Deus lhe dê uma permissão específica para isso. Esse é um dos versículos que fundamentam essa crença.



Deus protegeu de forma similar seu servo Jó. Em Jó 1:10, Satanás admite, "Porventura tu não o cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra." Satanás reconheceu que Deus erguera um escudo de proteção em volta de Jó, de sua família, de sua habitação e de todas as suas propriedades. Sabemos que Deus permitiu a Satanás tocar em tudo o que Jó possuia, exceto em sua vida, para provar que Jó amava a Deus mais do que sua própria vida e mais do que aos bens materiais. Durante a tempestade que caiu sobre Jó, ele disse, "Ainda que ele [Deus] me mate, nele esperarei." [Jó 13:15]



Jó declarou aos seus amigos que sabia que Deus o estava testando, que Deus estava usando aqueles caminhos tortuosos para produzir um mudança maravilhosa em seu caráter. Jó disse,"Porém ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como ouro." [Jó 23:10]



No final de sua provação, Jó descobriu uma nova visão espiritual de Deus e de sua maravilhosa providência. Ele declarou, "Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos."[Jó 42:5]. Deus ouviu Jó e a Bíblia declara que "o Senhor abençoou o último estado de Jó, mais do que o primeiro... Então morreu Jó, velho e farto de dias." [Jó 42:17] O termo "farto de dias"significa que ele morreu satisfeito com sua vida.



Vamos retornar ao Salmo 91, em que aprendemos exatamente como Deus coloca um escudo de proteção em redor dos seus amados.



Versos 11-12 - "Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com teu pé em pedra."



O autor da epístola aos Hebreus diz que Deus provê um anjo ministrador a todos aqueles que são salvos. Veja: "Não são porventura todos eles espíritos ministradores enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" [Hebreus 1:14]



Muitas pessoas acreditam na existência dos anjos da guarda, mas fazem isso com uma base que não é bíblica. Programas de televisão como "Tocado Por um Anjo", servem apenas para enganar espiritualmente as pessoas, porque neles, a proteção e o livramento angélico não tem nada que ver com a salvação, ou com Jesus Cristo. Esse tipo de programa mostra, incorretamente, que as pessoas boas e sinceras vão para o céu, e nunca menciona a doutrina bíblica que somente aqueles que nascem de novo por meio de Jesus Cristo é que poderão entrar nos céus.



Deus promete que os anjos guardiães oferecerão uma proteção tão completa que impedirão até que um dos salvos sofra algum ferimento, como "tropeçar o pé em alguma pedra." Acredito que Frank Peretti esteja mais correto do que errado em sua descrição da guerra espiritual dos anjos em favor dos santos de Deus contra as forças demoníacas do mal em seus livros, como "Este Mundo Tenebroso". Não concordo com algumas das posições de Peretti, nem com algumas de suas doutrinas, mas sua descrição da guerra espiritual entre os anjos de Deus e os demônios é muito boa.



Satanás utilizou de forma incorreta esse verso maravilhoso da Palavra de Deus em Lucas 4:10, quando tentou fazer Jesus Cristo pecar. Ele disse a Jesus Cristo para se lançar do pináculo do templo para "provar" que era realmente o Filho de Deus. Jesus não negou que os anjos o impediriam de matar seu corpo humano, mas repreendeu Satanás por tentar usar as Escrituras para propósitos vãos. Deus não quer que seus santos dependam de forma tola da proteção dos seus anjos, nem quer que tentem "provar" Deus fazendo alguma coisa realmente estúpida, forçando os anjos a virem em seu socorro. Jesus respondeu a Satanás: "Não tentarás o Senhor teu Deus", citando Deuteronômio 6:16.



Verso 13 - "Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente." Deus promete que, como fizemos dele nosso refúgio, e habitamos no seu esconderijo, podemos enfrentar as mais terríveis situações, com confiança na vitória final. Nos tempos bíblicos, os santos de Deus enfrentaram perigos terríveis, desde serem devorados por feras famintas a serem picados por serpentes peçonhentas. Deus promete proteção.



Versos 14-16 - "Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhes mostrarei a minha salvação."



Nesses três versos, Deus promete oito vezes que estará com seus santos quando eles mais precisarem, desde que estejam habitando no seu esconderijo e o tenham como seu refúgio.



Portanto, quando os eventos do dia nos sobrepujarem, podemos encontrar consolação na proteção de Deus. Quando os eventos profetizados e planejados do final dos tempos começarem a explodir ao nosso redor, podemos descansar na proteção de Deus.

Podemos encontar descanso no "refúgio secreto" de Deus, ecoando novamente as confiantes palavras proferidas em Jó 5:19-22: "Em seis angústias te livrará; e na sétima o mal não te tocará. Na fome te livrará da morte; e na guerra, da violência da espada. Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a assolação, quando vier."



Deus é tão bom! Estejamos nós enfrentando as dificuldades da vida cotidiana ou as terríveis crises que precederão o aparecimento do Anticristo, somos encorajados a buscar descanso no refúgio secreto de Deus. Jesus nos protege ali.



Tradução: Jeremias R D P dos Santos